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Território Yanomami é vítima de aparelhamento político, diz secretário

Ricardo Weibe Tapeba, da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, fez balanço das ações feitas pelo governo na terra indígena

atualizado

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Divulgação/ Exército Brasileiro
Militares levam alimentos à terra indígena yanomami retirados de helicóptero em área isolada do norte do país com forte incidência de desnutrição - Metrópoles
1 de 1 Militares levam alimentos à terra indígena yanomami retirados de helicóptero em área isolada do norte do país com forte incidência de desnutrição - Metrópoles - Foto: Divulgação/ Exército Brasileiro

O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba, afirmou nesta terça-feira (7/2) que o território indígena Yanomami foi vítima de um “verdadeiro aparelhamento político”. Em coletiva, a equipe da pasta fez um balanço sobre o socorro prestado à comunidade desde o início das ações do governo federal.

“O que a gente experimentou nos últimos anos foi um verdadeiro aparelhamento político, de verdadeiras oligarquias políticas que detêm o poder aqui em Roraima e o território Yanomami foi vítima disso. As dificuldades que identificamos aqui de gestão, administração, são resultado desse aparelhamento”, descreveu Tapeba.

De acordo com o secretário, já foi feita uma auditoria interna pela equipe do ministério, com “elementos com índice de irregularidades em uma série de contratos”. O Tribunal de Contas da União (TCU) também pretende realizar uma auditoria no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami.

“O que nós precisaremos fazer nos próximos dias é uma recomposição de equipe, começando pela própria coordenação. Há intenção de fato de reorganizar nossa equipe aqui no Dsei”, continuou.

Ricardo Weibe Tapeba mencionou que os políticos responsáveis pelo aparelhamento estariam também ligados ao garimpo e seriam alvo de investigações em curso pela Polícia Federal (PF). Porém, não citou nomes.

O secretário apontou uma série de melhorias que serão implementadas na estrutura de saúde do local, como fornecimento de água, energia elétrica, internet e telefone.

“Essa falta de condição acaba gerando uma rotatividade muito grande de profissionais, nós temos dificuldade em compor as nossas equipes com essas condições de infraestrutura e com o cenário de insegurança causado pela presença dos garimpeiros, que, em dado momento, têm se organizado inclusive como organizações criminosas”, ressaltou.

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