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Surge nova denúncia contra PM de SP acusado por colegas de assédio

O tenente-coronel Cássio Novaes é investigado por ameaças de estupro e de morte contra duas mulheres lotadas no mesmo batalhão que ele

atualizado

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G1/Reprodução
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1 de 1 frame-2-jessica-730×411 - Foto: G1/Reprodução

O  tenente-coronel Cássio Novaes, da Polícia Militar de São Paulo, é investigado por uma segunda denúncia de assédio sexual e ameaças de morte. O novo caso veio a público após a soldado Jéssica do Paulo Nascimento acusá-lo de perseguição.

Novaes é alvo de pelo menos mais uma acusação da mesma natureza, na Corregedoria da PM.

Como informa o G1, as vítimas eram assediadas por meio de mensagens em aplicativo fora do horário de serviço.

Segundo apurado pelo portal, a segunda denúncia envolve uma também soldado e foi feita depois da formalização da queixa de Jéssica do Paulo Nascimento, mas antes da repercussão pública do caso dela.

Os envolvidos eram lotados no 50º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) no período em que teriam acontecido os assédios.

A vítima foi presencialmente à Corregedoria para formalizar a denúncia em 5 de abril, acompanhada de seu capitão, que prestou apoio à mulher. Ela o acusa de assédio sexual e ameaças, também por mensagens de áudio e texto em aplicativo.

Proteção

Ao denunciar o superior, a soldado Jéssica afirmou que estava em busca de proteção. Ela relata que o assédio começou em 2018 e ela ficou afastada do trabalho por dois anos, para fugir do agressor.

Quando assumiu o comando do Batalhão da Zona Sul de São Paulo, Novaes se apresentou à equipe e na primeira oportunidade convidou Jéssica para sair.

Ela disse ao superior que era casada e tinha filhos, recusando o investida.

“Depois desse dia, minha vida virou um inferno”, desabafa. A soldado relata episódios de investidas sexuais por mensagens, ameaças por áudio, humilhação em frente aos seus colegas e até mesmo sabotagem quando se recusou a ceder aos pedidos de seu superior.

Após o afastamento, a licença de Jéssica acabou em março desse ano e ela precisou voltar ao serviço. Ele conseguiu o telefone dela e a violência recomeçou.

O comandante prometia sustentar os filhos da soldado, dar uma promoção para ela dentro da corporação e a transferência que ela queria para o litoral paulista.

Ao notar que seria denunciado, as ameaças de morte vieram, também, por áudios. Em uma das falas, o comandante afirma que “não existe segredo entre dois, um tem que morrer” e “quem não tem problema na vida, está no cemitério.”

A Corregedoria da PM informou ao G1 que o comandante está suspenso do serviço e as investigações correm em segredo de Justiça.

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