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SP: Garcia e Tarcísio têm dificuldades para acertar alianças e vices

Candidatura do ministro de Bolsonaro rachou a base de apoio ao postulante de Doria. Mulheres são mais citadas como possíveis vices

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Gui Primola/Metrópoles
Montagem com fotos de Rodrigo Garcia e Tarcio de Freitas sob um fundo colorido
1 de 1 Montagem com fotos de Rodrigo Garcia e Tarcio de Freitas sob um fundo colorido - Foto: Gui Primola/Metrópoles

São Paulo – O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato de João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (Republicanos), postulante do presidente Jair Bolsonaro (PL), enfrentam dificuldades para acertar alianças e conseguir puxadores de votos para a vaga de vice-governador em suas respectivas chapas.

A entrada de Tarcísio na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, incentivada por Bolsonaro, acabou por rachar a coalizão de legendas de Garcia, que tentava manter o apoio do Republicanos e do PL, por estarem na base aliada de Doria na Assembleia Legislativa de São Paulo. Mas Tarcísio se filiou na semana retrasada ao Republicanos e ainda conseguiu a promessa de apoio do PL de Bolsonaro.

Garcia tenta segurar o apoio do Progressistas, também da base de Doria, mas uma ala bolsonarista quer empurrar a sigla para a campanha de Tarcísio.

Enquanto Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já pretendem oficializar em breve seus candidatos a vice, Braga Netto e Geraldo Alckmin, respectivamente, as campanhas dos candidatos ao governo de São Paulo ainda devem demorar para formalizar esses disputantes.

“O vice vai ser definido mais para frente”, admite o presidente do PSDB no estado de São Paulo, Marco Vinholi.

Tarcísio estava acertado de se filiar ao PL, mas acabou seguindo para o Republicanos nos momentos finais , porque o Republicanos exigiu a candidatura do ministro como uma das moedas de troca para permanecer na base bolsonarista no Congresso.

Mulheres

Na busca por alianças, tanto nas campanhas de Tarcísio quanto de Garcia, mulheres são mais citadas como possíveis vice-governadoras. Coincidentemente, duas mulheres com origem de atuação semelhante, o jornalismo, estão no páreo em ambas as chapas.

O PL tenta atrair a deputada federal e jornalista Rosana Valle, de saída do PSB, como vice na chapa do candidato de Bolsonaro, enquanto o MDB cogita para vice de Garcia a também jornalista Simone Marquetto, que deixou nesta semana o comando da Prefeitura de Itapetininga.

Garcia se esforça para montar uma base ampla de alianças partidárias, mas só conta com compromissos até agora do Cidadania – que acertou uma federação nacional com o PSDB -, e do MDB e do União Brasil (em uma coligação regional com o apresentador José Luiz Datena, como candidato ao Senado pelo União Brasil).

O MDB busca ficar com a vaga de vice do tucano, mas Garcia queria no posto a psicóloga Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, e ainda traçou cenários com a senadora Mara Gabrilli (PSDB).

Outros nomes cogitados no MDB para vice de Garcia são o prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, a secretária municipal de Cultura da capital paulista, Aline Torres, e até o secretário estadual de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, que desistiu de se candidatar ao Senado pelo PSD em Goiás e teria de voltar ao MDB até o fim da noite de sexta-feira, 1°/4.

Os tucanos tentam contar ainda com Patriotas, Avante e Solidariedade, além de cogitar o apoio do Podemos depois do naufrágio da candidatura do deputado estadual Arthur do Val.

Orçamento secreto

Políticos e especialistas avaliam que alianças são dificultadas pela eleição presidencial polarizada entre bolsonaristas e lulistas, pelo fim das coligações proporcionais em 2020 e até pelo orçamento secreto da Câmara dos Deputados.

“Tem um Congresso com nova maneira de atuação, com o orçamento secreto, que contaminou a democracia interna dos partidos. Existe uma camada enorme de deputados subordinados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), e isso enfraqueceu as legendas. Começou uma nova ordem política partidária no país, a partir do momento que se implementou o orçamento secreto, o mensalão 2.0”, avalia o deputado federal Júnior Bozzella (União Brasil-SP).

“Estamos sentindo na pele a dificuldade de montar uma chapa completa sem coligação proporcional. Como a Câmara dos Deputados manda na República, ter uma bancada parlamentar forte acaba sendo prioridade para os partidos. Com a eleição nacionalizada nos estados, quem quer concorrer ao Legislativo não vai correr o risco numa vaga de vice”, acrescentou o parlamentar.

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