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SP espera aumento de casos em 2ª onda da Covid-19, mas descarta lockdown

Possibilidade de aumento de casos de coronavírus visto na Europa chegar ao Brasil inflama disputa política

atualizado

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Fábio Vieira/Especial Metrópoles
Governador de São Paulo, João Doria, fala sobre abertura de cemitério e parques, e da vacina chinesa
1 de 1 Governador de São Paulo, João Doria, fala sobre abertura de cemitério e parques, e da vacina chinesa - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

São Paulo – As autoridades sanitárias paulistas trabalham com a possibilidade de um aumento nos casos de coronavírus no estado – epicentro da doença no Brasil – como reflexo da segunda onda da Covid-19 que atinge o hemisfério norte.

“Existe essa possibilidade, mas ainda não é uma ideia concreta até o momento”, analisou João Medina, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus do estado, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (7/11).

“O que vemos no hemisfério norte é uma relação muito clara entre a mudança de temperatura e a segunda onda. Independente das medidas que países tomaram, estão enfrentando a pandemia com pique muito mais acentuado do que na primeira onda”, continuou ele, que acompanhava o governador João Doria (PSDB) em visita ao Instituto Butantan.

Para o especialista, o aumento dos casos possivelmente está relacionado à mudança de temperatura. “Aqui no Brasil essa possibilidade está fora de contexto, o que está em contexto é nosso comportamento. Em relação aos cuidados com higiene, uso de máscara e distanciamento social”, discursou Medina.

Para o gestor, pode haver subida no número de casos, “mas possivelmente não com a mesma dimensão do que está acontecendo na Europa e que leva à possibilidade de lockdown”.

“Não teve lockdown de verdade na primeira onda e também não deve ter nesse segundo momento, porque o amento no número de casos não deve ser suficiente para saturar o sistema de saúde da maneira que ele está organizado agora”, concluiu João Medina.

A declaração ocorre em um momento em que o candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) tem afirmado na campanha que sabe que o governo paulista “vai fechar tudo de novo logo depois das eleições”. Tanto governo quanto prefeitura negam esse plano.

Aumento mesmo sem São Paulo

O coronavírus tem recuado no Brasil, mas a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil subiu e chegou a 339,3 nesta segunda-feira (9/11). No domingo (8/11), o indicador estava em 331,9. Na comparação com a taxa registrada há 14 dias, porém, houve uma queda de 23,6%.

O crescimento aconteceu mesmo sem os dados de São Paulo, estado com a maior quantidade de óbitos no país por conta da doença, que não informa a quantidade de novas mortes desde a última quinta-feira (5/11).

Nesta segunda, Dória culpou o Ministério da Saúde, cujos sistemas não estão totalmente operacionais desde a semana passada, quando vários órgãos públicos sofreram um ataque cibernético.

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