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Sobrinho de Bolsonaro faz vaquinha de Bitcoins para atos de 7/9

Leo Índio afirma que doações em criptomoedas serviram para fugir do congelamento do PIX ligado à vaquinha

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1 de 1 leo indio bolsonaro - Foto: Reprodução Facebook

Sobrinho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Índio, criou uma vaquinha de Bitcoins para ajudar a financiar os atos em apoio ao presidente, no dia 7 de setembro. A campanha de arrecadação foi divulgada diversas vezes em seu perfil do Instagram.

Entre 15 e 30 de agosto, ele divulgou 11 vezes a chave do PIX do motorista de aplicativo Rafael Moreno, 33 anos, defensor da monarquia no Brasil. No dia 23, Leo Índio divulgou um QR Code para a doação de Bitcoins.

“O Supremo togado, cabeça de ovo, está mandando bloquear os PIXs que arrecadam para o dia 7 de setembro! Por enquanto, a chave PIX dia7euvou@gmail.com está funcionando, mas, caso tenha problemas, criamos essa nova forma de contribuição”, diz o sobrinho do mandatário, na legenda da publicação.

Em 20 de agosto, o STF ordenou o confisco de uma conta bancária ligada à vaquinha para os atos de 7 de setembro. A chave PIX também foi bloqueada. Na mesma data, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de Sérgio Reis e do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ).

Em entrevista ao Uol, Índio, que se filiou ao PL (Partido Liberal) em julho, afirmou que apenas divulga a vaquinha e que os pagamentos são de responsabilidade de Moreno. “Não entendo dessa pauta. Criptomoedas e etc. Não estou cuidando disso. Apenas disponibilizei minha página para divulgar”, disse.

O motorista não informou o valor arrecadado e disse que recebeu somente com PIX, não com Bitcoins.

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Valores

Sabe-se que ao menos oito carros de som já foram alugados, além de faixas em Londres, na Inglaterra. O preço mínimo para o aluguel de um desses veículos é de R$ 1.000 por dia. Moreno também diz que já comprou “centenas de bandeiras, camisetas, banners, adesivos e outros brindes” para distribuir nas manifestações.

Questionado, Moreno afirma que os atos defenderão “a liberdade daqueles que foram presos pela opinião” e o “impeachment daqueles que deveriam proteger a Constituição, porém estão rasgando-a quase que diariamente”.

Leo Índio disse que as manifestações serão pacíficas e “um movimento patriota e ordeiro”, numa “data festiva”. Ele ainda afirmou que quem deve responder pelos ataques ao STF é Zé Trovão.

Vale ressaltar que Leo Índio trabalhava como assessor do vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), até o ano passado, quando o senador perdeu o cargo após ser flagrado com dinheiro na cueca. Índio, então, foi transferido para o gabinete de Carlos Viana (PSD-MG).

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