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Silvio Almeida: “Sou homem preto e não vou abrir mão de ser ministro”

Ministro dos Direitos Humanos destacou ser o único homem preto ministro do governo Lula e defendeu políticas de diversidade

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
impeachment colorida mostra Silvio Almeida com as mãos encobrindo parte do rosto, segurando a lente direita dos seus óculos e com o olhar direto ao deputados na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado; ele veste terno preto, camisa branca e gravata preta - Metrópoles
1 de 1 impeachment colorida mostra Silvio Almeida com as mãos encobrindo parte do rosto, segurando a lente direita dos seus óculos e com o olhar direto ao deputados na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado; ele veste terno preto, camisa branca e gravata preta - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, disse nesta quarta-feira (4/9), em evento pró-diversidade nas empresas estatais, que não vai abrir mão de ser ministro do governo Lula(PT). Ele destacou ser o único homem preto no ministério do presidente. “É importante que se diga isso”, frisou.

“Eu sou homem preto e eu não vou abrir mão de ser ministro. Ou seja, eu vou administrar o ministério e ser gestor igual a qualquer homem branco”, afirmou o ministro no lançamento do Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão nas Empresas Estatais.

Assista:

 

Ao fazer sua autodescrição, ele disse usar um anel dourado com dois machados cruzados. “Entendedores entenderão”, disse.

Silvio Almeida defendeu o papel de indução de políticas de diversidade dessas empresas. E também destacou a reavaliação do papel das estatais brasileiras.

“As empresas estatais têm um compromisso com o seu país, compromisso com o povo brasileiro. Não é nada estranho falar também do papel político. Elas têm mesmo um papel político”, afirmou.

O titular da pasta de Direitos Humanos ainda disse que “não existe desenvolvimento com racismo, misoginia, matando jovens pretos”.

Além de Almeida, estavam presentes no evento as ministras Anielle Franco (Igualdade Racial), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), além da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e de outros dirigentes de estatais.

Dweck disse que o pacto vai permitir inclusão nas empresas estatais e traz um compromisso de ir além das leis e das cotas já estabelecidas. Ela ainda ressaltou que os concursos públicos, utilizados para seleção de pessoas para as estatais, são “o mecanismo mais democrático, por serem mais neutros a vieses e a discriminação, se comparados a formas de seleção com componentes subjetivos, como ocorre no setor privado”. Ela destacou a experiência adquirida com o Concurso Nacional Unificado (CNU), cuja primeira edição foi aplicada em agosto.

Pacto pela Diversidade nas Estatais

documento propõe mecanismos de cooperação para o aprimoramento de políticas públicas relacionadas ao tema e de estratégias que promovam a diversidade nas estatais.

O pacto foi firmado com mais de 30 empresas estatais no prédio em Brasília da Petrobras. A coordenação do pacto foi feita pela Secretaria de Governança das Estatais do Ministério da Gestão.

Com a assinatura do pacto por outras estatais espera-se o compartilhamento de boas práticas e maior agilidade na implementação de medidas para promover maior diversidade, equidade e inclusão nas empresas.

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