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“Seremos um monte de mendigos na rua”, diz moradora de prédio leiloado

Movimentos sociais protestaram neste sábado contra venda de prédio ocupado no ABC Paulista

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1 de 1 manifestacao-mlb (17) - Foto: Jorge Ferreira/MLB

São Paulo – O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e o Movimento de Mulheres Olga Benário realizaram um protesto na manhã deste sábado (1º/5) contra o leilão do prédio que é a sede da Casa de Referência para Mulheres Helenira Preta e a moradia de 40 famílias, da Ocupação Manoel Aleixo.

O terreno ocupado pelos manifestantes fica em Mauá, no ABC Paulista, e foi arrematado pelo lance mínimo de R$ 3 milhões, na última terça-feira (27/4), em leilão realizado pelo governo municipal.

As organizações cobram a suspensão da venda do terreno que pode levar ao despejo de mulheres e sem-teto. De acordo com elas, o prédio foi colocado para leilão pela prefeitura de Mauá sem nenhum contato prévio com os movimentos.

A primeira ocupação de um dos lotes do terreno de 1.600 m² aconteceu em 2018, quando passou a funcionar a Casa Helenira Preta, que já atendeu mais de 600 mulheres vítimas de violência doméstica.

O segundo lote foi ocupado em setembro do ano passado por 40 famílias que se viram sem condições de pagarem aluguel, devido aos impactos causados pela pandemia.

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Os movimentos sociais entregaram panfletos sobre direito à moradia
Protesto reuniu ao menos 100 pessoas
Famílias temem ter que morar na rua, por não terem condições de pagar o aluguel
Protesto aconteceu pela manhã no ABC Paulista
Os movimentos sociais entregaram panfletos sobre direito à moradia
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Famílias protestam contra venda de prédio ocupado

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Os movimentos sociais entregaram panfletos sobre direito à moradia

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Protesto reuniu ao menos 100 pessoas

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Famílias temem ter que morar na rua, por não terem condições de pagar o aluguel

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Protesto aconteceu pela manhã no ABC Paulista

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Os movimentos sociais entregaram panfletos sobre direito à moradia

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No terreno, há um prédio de uma antiga escola que estava abandonada. Com suporte do MLB as famílias revitalizaram o espaço e criaram uma cozinha e uma creche.

“Nos estamos aqui gritando que a gente quer direito à moradia, que as nossas famílias estão ameaçadas. Estamos aqui dizendo que vamos resistir, vamos ocupar quantos prédios forem precisos”, disse Selma Alves, integrante do MLB e coordenadora da Ocupação Manuel Aleixo.

Para Matheus Troilo, morador da Ocupação Manuel Aleixo, é necessário estar na rua em protesto para se ter um lugar para morar. “Estamos na rua para anunciar que estão querendo colocar dezenas de famílias nas ruas, em meio a maior crise sanitária do país”, afirmou o manifestante. Sua vizinha na ocupação, a Eliete Moreira, completa: “Seremos mais um monte de mendigos nas ruas [de SP]”.

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