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Senador Ciro Nogueira é alvo de operação da Polícia Federal

Ele é investigado em inquérito que tramita no STF por suspeita de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Brasília (DF), 10/04/2018  Homenagem à Fernando Maluf Local:  Espaço Renata La Porta  Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 10/04/2018 Homenagem à Fernando Maluf Local: Espaço Renata La Porta Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) é o principal alvo de uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (22/2) pela Polícia Federal. Ele é investigado em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar em Brasília, Teresina (PI) e São Paulo (SP).

A investigação partiu de depoimentos de delatores que afirmaram terem repassado cerca de R$ 43 milhões ao partido de Nogueira, por intermédio do senador, em troca de apoio político na campanha presidencial de 2014.

Segundo a PF, a Operação Compensação é desdobramento de investigações decorrentes do Inquérito nº 4736/STF. Cerca de 30 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão, autorizados pela ministra Rosa Weber, além de intimações para fins de depoimentos dos envolvidos.

O caso está relacionado aos repasses da empresas para partidos e políticos com o objetivo de angariar apoio à candidatura à Presidência da petista Dilma Rousseff.

De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve como origem os depoimentos prestados por colaboradores do Grupo J&F, dono da JBS, que afirmaram terem repassado cerca de R$ 43 milhões ao Partido Progressista, em pagamentos em espécie e doações oficiais, por intermédio do citado senador, em troca de apoio político do partido na campanha eleitoral para a eleição presidencial de 2014.

“Verifica-se nos autos existência de indícios mínimos aptos a motivar a abertura de investigação no âmbito dessa Corte sobre o pagamento de vantagens indevidas, no ano de 2014 e 2017, em beneficio do Senador da Republica Ciro Nogueira Lima Filho para que seu partido apoiasse o governo nas eleições presidenciais, bem como não agisse contra a então Presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment instaurado no Congresso Nacional”, afirmou a procuradora -geral Raquel Dodge ao abrir a investigação. (Com informações da Agência Estado)

A defesa do senador Ciro Nogueira se manifestou por meio de nota. No texto, o advogado diz que os objetos apreendidos foram restituídos recentemente pelo STF “em virtude de outra operação que não resultou em ação penal. O Supremo rejeitou a denúncia, pois baseada tão somente na palavra de outro delator”. A defesa fiz ainda que “tal constrangimento poderia ser evitado com a simples intimação do senador para prestar esclarecimento pois, é evidente, este sempre se colocou à disposição do Judiciário”, finalizou.

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