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Sem aulas presenciais, cinco irmãos dividem celular da mãe para estudar

Rosimeire da Costa, de Itumbiara, está se dividindo entre as tarefas doméstica e auxiliar a educação dos filhos durante a pandemia

atualizado

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A pandemia do novo coronavírus fez com que a dona de casa Rosimeire da Costa se dividisse entre as tarefas domésticas e ajudar os filhos a estudarem em casa, já que as aulas presenciais foram suspensas em Itumbiara, no sul de Goiás. A família, porém, tem apenas um celular e os cinco irmãos precisam dividir o aparelho entre si para conseguirem ver as aulas e darem conta dos deveres da escola.

“Qualquer mãe que tem criança sabe que todo dia é uma dificuldade diferente, que todo dia é uma coisa diferente que eles precisam, e a gente não pode dar. Eu agradeço muito porque eu ainda tenho esse celular, porque eu sei que tem mãe que está em condição bem pior, mas não é por isso que eu vou me acomodar e não vou tentar fazer o melhor para eles”, disse Rosimeire ao G1. Ela tem nove filhos, sendo que seis moram com ela e três vivem no interior de São Paulo.

Apesar de estudarem na mesma cidade, eles frequentam escolas diferentes. Rosimeire diz que um dos desafios durante os estudos deles é provar que eles fizeram as tarefas, pois os professores pedem para mandar foto no grupo da escola e a câmera do celular dela não funciona. Apesar disso, a mãe conta que as escolas estão ajudando.

“Eu conversei com as professoras, que são muito cuidadosas, sabem da nossa situação, falei para elas que eu estava ajudando eles nas atividades, e que estão todas em dia. E sempre que vem alguém aqui em casa que tem celular, eu tiro foto e mando. Não sempre igual eles pedem, mas eu conversei com eles e eles entenderam. Sempre que tenho oportunidade eu tiro a foto das lições e mando pro grupo das escolas”, contou.

Rosimeire ainda relata que queria ter uma lousa para auxiliar na explicação das atividades. “Eu queria ter uma lousa para eu escrever para eles, para ficar mais fácil para eles copiarem, eu acho mais próxima da escola, para eles fazerem as atividades mais no tempo deles, para eu poder ter tempo de explicar também, porque eu gasto muito tempo ditando letra por letra, eu não consigo ter tempo para ensinar”, explicou.

A mãe revelou que a família sobrevive com ajuda de conhecidos. O único dinheiro que ela recebe durante a pandemia é de programas assistenciais.

“Eu queria uma beliche porque, como os cômodos da casa são pequenos, não tem cama. Eles dormem todos na sala, no sofá, e eu sinto muita vontade de poder ajeitar o quartinho do meio e colocar um beliche para eles e ir organizando devagarzinho”, desabafou.

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