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Metade dos infectados pela Covid apresentam sequela por mais de um ano

Informação é de estudo da Fundação Oswaldo Cruz conduzido em Minas Gerais e publicado recentemente

atualizado

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Aline Massuca/Metrópoles
COVID, RONALDO GAZOLLA, CTI
1 de 1 COVID, RONALDO GAZOLLA, CTI - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que metade das pessoas diagnosticadas com Covid-19 apresentam sequelas que podem perdurar por mais de um ano. Para chegarem ao resultado, os pesquisadores acompanharam 646 pacientes da doença por 14 meses.

Os números mostram que, do total de infectados monitorados, 324, ou seja, 50,2%, apresentaram sintomas pós-infecção, caracterizando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como “Covid longa“. O estudo foi publicado na revista Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene.

Os pesquisadores da Fiocruz contabilizaram, ao todo, 23 sintomas apresentados após o término da infecção aguda. A principal queixa relatada pelos pacientes foi de fadiga. Ao todo, 35,6% dos infectados disse sofrer com a sequela. Na sequência, entre as sequelas mais mencionadas, estão tosse persistente (34%), dificuldade para respirar (26,5%), perda do olfato ou paladar (20,1%) e dores de cabeça frequentes (17,3%).

Há, ainda, reclamações de insônia (8% dos pacientes), ansiedade (7,1%) e tontura (5,6%) – todos considerados sintomas de transtornos mentais. A trombose é a sequela mais grave detectada nos pacientes observados. Do total, 20 apresentaram a anomalia.

Metodologia

Todos os participantes da pesquisa foram atendidos no pronto-socorro do Hospital da Baleia e Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, consideradas unidades de saúde referência no tratamento de infectados.

Os atendimentos ocorreram entre abril de 2020 e março de 2021. Só foram consideradas as informações de pessoas com diagnóstico positivo para a infecção, comprovado em exame RT-PCR.

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