metropoles.com

“Defendo a autonomia do médico”, diz Queiroga sobre tratamento precoce

Ministro pediu para que se pare de politizar a pandemia e afirmou não defender nem condenar medicamentos

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Instagram
Jair Bolsonaro e Marcelo Queiroga
1 de 1 Jair Bolsonaro e Marcelo Queiroga - Foto: Reprodução/Instagram

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (29/3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a autonomia do médico para prescrever medicamentos off-label para pacientes com Covid-19.

O chamado tratamento precoce, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), prevê a administração de drogas sem indicação na bula para tratar o coronavírus.

“Eu não defendo medicamentos nem condeno medicamentos. Existe uma regulação sanitária clara no Brasil a respeito do uso de medicamentos. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde devem ser respeitados e eles fazem parte de linhas de cuidado. Agora, o que eu defendo é a autonomia do médico para decidir o que é melhor para o seu paciente”, afirmou em entrevista à CNN Brasil.

O “Kit Covid”, composto por medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina (antibiótico), prednisona (corticóide), vitaminas e suplementos alimentares, como whey protein, pode causar prejuízos à saúde dos pacientes.

“Vamos parar de politizar a pandemia, vamos olhar para a frente, vamos buscar as soluções, vamos buscar aquilo que é consenso”, defendeu Queiroga, afirmando que existem outros fármacos off-label usados no tratamento que não são citados.

Ao ser perguntado sobre a intenção ou não do presidente Bolsonaro de se vacinar, Queiroga disse tratar-se de questão privativa, mas acredita que ele vai se imunizar.

“Questão da vacinação do presidente é privativa, é algo que depende dele. O instituto da liberdade e da privacidade deve ser preservado. Então, o presidente, no momento certo, quando chegar o grupo de risco dele, ele vai tomar a decisão se vai se vacinar ou não. Eu acredito que ele vá se vacinar, mas ainda não tratei desse assunto específico com ele”, afirmou.

Depois de ter questionado a eficácia de imunizantes, Bolsonaro mudou de tom e passou a adotar uma postura pró-vacina. O presidente não anunciou publicamente a intenção de se vacinar, apesar de ter sido questionado diversas vezes sobre o assunto.

Envio de insumos

Alegando que o sistema de saúde é tripartite, Queiroga disse que não cabe apenas ao governo federal, por meio do Ministério da Saúde, prover os insumos necessários, como oxigênio. Ainda assim, ele ponderou que a pasta está se empenhando junto à indústria nacional e buscando insumos no exterior para que não faltem recursos na ponta.

“O Ministério da Saúde tem se empenhado muito para prover os insumos necessários para os municípios e para os estados”, disse ele.

O ministro disse ainda que a pasta tem habilitado novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e vai trabalhar em cima de condutas padronizadas para orientar melhor médicos que estão na ponta e na atenção primária.

O novo chefe da Saúde afirmou que será criada uma Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Pandemia para concentrar esforços.

0

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?