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Rossi diz que governo Bolsonaro “está coagindo e perseguindo deputados”

Candidato apoiado por Rodrigo Maia criticou a intervenção do Executivo na eleição interna da Casa

atualizado

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TIAGO QUEIROZ/Agência Estado
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, fala e gesticula durante entrevista com o Estadão. Ele usa terno - Metrópoles
1 de 1 O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, fala e gesticula durante entrevista com o Estadão. Ele usa terno - Metrópoles - Foto: TIAGO QUEIROZ/Agência Estado

Candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Baleia Rossi (MDB-SP) afirmou que o governo Bolsonaro “está coagindo e perseguindo deputados de forma ostensiva” contra a candidatura, oferecendo cargos e emendas e fazendo retaliações a apoiadores. O presidente Jair Bolsonaro apoia o candidato Arthur Lira (PP-AL), adversário de Rossi, apoiado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Meu adversário aposta muito nessa palavra ‘traição’. Eu aposto na confiança, na palavra dos parlamentares. O governo infelizmente está tentando interferir no processo de eleição da Câmara dos Deputados. Está coagindo e perseguindo deputados de forma ostensiva, não só com cargos, mas com emendas extraorçamentárias, o que não é bom para o Parlamento”, declarou Rossi, em entrevista ao jornal O Globo.

Segundo o emedebista, o Parlamento se apequena quando tem esse tipo de discussão. “Não acho que os deputados devam se expor para destruir partidos políticos, para destruir lideranças na Câmara, para destruir unidade partidária. Enquanto meu adversário aposta na traição, eu tenho confiança que todos os parlamentares vão saber que independência da Câmara é uma garantia de que todos terão participação no diálogo, em uma agenda de Brasil”.

“A Câmara de joelhos, a Câmara submissa, perde muito do seu valor, e o parlamentar perde também a importância de poder contribuir com essa agenda de país”, acrescentou.

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Rossi usou o exemplo do deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que teria perdido cargos no governo ao declarar apoio a ele. O partido de Ribeiro, que havia sinalizado apoio a Lira, mudou a orientação e aderiu ao bloco do emedebista.

“Tem vários cargos que foram oferecidos e vários cargos que foram retirados de deputados que são de partidos que nos apoiaram. O deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), ao declarar seu apoio à nossa candidatura, sofreu uma retaliação sem nenhum sentido. Nós precisamos fazer um compromisso com o país por agenda, não por fisiologismo”, disse.

“Não é oposição”

O emedebista destacou que a candidatura “não é de oposição”, mas “uma frente ampla de partidos de esquerda, de centro e de direta, que têm como princípio defesa da democracia e da independência da Câmara”.

“Independência com harmonia e diálogo entre Poderes, mas em cima de um projeto de país, que é o que está faltando nesse momento. Um projeto para superar a pandemia, para que a economia possa reagir, para gerar emprego e renda”, declarou.

Rossi contabiliza o apoio do PT, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Solidariedade Cidadania, PV, PCdoB e Rede, com 242 parlamentares.

Já o bloco de Lira conta com o apoio de PP, PSL, PL, PSD, Republicanos, Pros, Patriota, PSC, PTB e Avante – 249 parlamentares. O Podemos, com 10, deve seguir com ele, totalizando 259 deputados.

Além de Ramalho, Rossi e Lira, os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), André Janones (Avante-MG), Capitão Augusto (PL-SP), Luiza Erundina (PSol-SP) e Marcel Van Hattem (Novo-RS) são candidatos.

 

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