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RJ: polícia vai ouvir dono do bar onde trabalhavam agressores de Moïse

Depoimento de Alauir Mattos de Faria foi marcado para quinta-feira (3/2); congolês foi assassinado brutalmente após cobrar salário atrasado

atualizado

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Ilustração colorida de Moïse
1 de 1 Ilustração colorida de Moïse - Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro marcou para quinta-feira (3/2) o depoimento do dono do bar onde trabalhavam os três homens que foram presos por agredir até a morte o congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, em 24/1, na Barra da Tijuca.

O policial militar Alauir Mattos de Faria é apontado como dono do quiosque Biruta, vizinho do Tropicália, onde Moïse foi espancado até a morte. Nesta quarta-feira (2/3), foram presos Alisson Oliveira, Fabio Silva e outro homem que não teve o nome divulgado.

A irmã do PM, Viviane Faria já foi ouvida. Ela estava no local no momento das agressões. Também nesta quarta, a mãe de Moïse, Ivana Lay, prestou depoimento. Na saída da delegacia, emocionada, disse apenas que espera que se faça justiça.

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O depoimento foi acompanhado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Rodrigo Mondego, que lamentou as tentativas de desqualificação de congolês.

De acordo com o defensor, o africano estava no local para cobrar diárias não pagas pelo dono do quiosque, em que ele prestava serviços.

Tropicália

Defensores do dono do quiosque Tropicália, onde ocorreu o espancamento, também estiveram na delegacia nesta quarta-feira para relatar ameaças que o empresário e sua família vêm recebendo após a morte do refugiado.

Os advogados Euclides de Barros e Darlan Almeida, no entanto, não registraram oficialmente a situação como uma ocorrência. Segundo eles, o proprietário do espaço é apenas testemunha do caso.

Para a polícia, a versão de que Moïse estava no local para cobrar pendências trabalhistas reforça a necessidade de esclarecer qual era a relação profissional do congolês com o quiosque.

“Lamentamos a morte e concordamos com a família de que ele deveria ter sido socorrido por quem viu as agressões. Foi um crime bárbaro e que precisa ser esclarecido”, disse Darlan.

O endereço permanece interditado pela Prefeitura do Rio o que foi uma decisão provocada apenas pela “repercussão internacional e pela proporção que o caso tomou, obrigando autoridades a darem uma resposta”, segundo Euclides.

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