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RJ conhece campeã do Carnaval nesta terça-feira. Grande Rio é favorita

Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é a favorita ao prêmio, que será histórico. Apuração começa às 16h

atualizado

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Foto: Fabio Motta/Riotur
Acadêmicos do Grande Rio
1 de 1 Acadêmicos do Grande Rio - Foto: Foto: Fabio Motta/Riotur

Rio de Janeiro – Ao longo de duas noites, 12 agremiações do Grupo Especial passaram pela Marquês de Sapucaí e animaram o público, que estava saudoso do Carnaval. Nesta terça-feira (26/4), membros das escolas retornam à avenida para a apuração dos votos, a partir das 16h.

A Acadêmicos do Grande Rio, a penúltima a desfilar no segundo dia do evento, no sábado (23/4), é cotada como favorita ao prêmio. Apesar de ter chegado diversas vezes em segundo lugar, inclusive em 2020, o grupo de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nunca recebeu o título.

Com o samba enredo “Fala, Majeté! As sete chaves de Exu”, a tricolor fez um desfile luxuoso e sem a série de erros cometidos por muitas das que passaram pelo sambódromo. Ao desmistificar o orixá Exu, ganhou o público e trouxe o combate à intolerância religiosa à tona.

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“É um samba que fala sobre potência, sobre comunicação, sobre a gente tirar os conceitos que temos na cabeça sobre determinadas coisas, abrir o coração, abrir as mentes, para abrir os caminhos em volta. É muito lindo”, disse a rainha de bateria Paolla Oliveira, que fez as vezes de Pomba Gira, uma representação feminina de Exu.

Para o carnavalesco Gabriel Haddad, sua missão se cumpriu: “A vibração dos componentes foi muito intensa. Foi um desfile com uma energia maravilhosa, fantasias bem feitas, alegorias com acabamento bem rigoroso”, disse ao Metrópoles. “Eu e meu parceiro de trabalho Leonardo Bora preparamos tudo para levar emoção ao público e a quem estivesse desfilando. Acho que é nosso ponto forte. Fizemos um grande desfile, já coroado pela comunidade de Caxias.”

Falhas nos desfiles

Na primeira noite do grupo especial na Sapucaí, na sexta-feira (22/4), a São Clemente trouxe uma homenagem ao humorista Paulo Gustavo, uma das vítimas da Covid-19. A agremiação enfrentou problemas com a altura dos carros e alguns foram danificados pelo viaduto 31 de Março, nas proximidades da Sapucaí. Além disso, integrantes precisaram subir por escada nas alegorias, para não atrasar mais a apresentação.

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A Beija-Flor de Nilópolis também enfrentou problemas similares. Apesar de não ter danificado os carros, a escola sofreu um grande atraso por depender do Carvalhão, uma empresa de guinchos, para colocar integrantes em cima de uma das alegorias, o que provocou um grande buraco na Sapucaí. A escola optou por deixar para trás algumas pessoas.

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No segundo dia, a Paraíso do Tuiuti, que fez uma homenagem a personalidades pretas, com o enredo “Ka Ríba Tí Ÿe – Que Nossos Caminhos Se Abram”, já no início teve problemas com um de seus carros alegóricos, que ficou preso em uma árvore e atrasou a entrada.

Devido à demora para conseguir passar com a alegoria, um dos integrantes não entrou na Sapucaí e o espaço destinado a ele, na parte superior do carro, acabou vazio. Já dentro da avenida, membros conseguiram colocar o faltoso com ajuda de uma escada.

A escola estourou o tempo máximo do desfile em dois minutos e, por conta da correria para não perder mais pontos, imprensou uma idosa com seu último carro. Ela precisou ser levada ao hospital.

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Já na Portela, maior vencedora do Carnaval carioca, com 22 títulos, carros também acabaram danificados ainda no setor de armação. A agremiação de Madureira, na zona norte do Rio, entrou na avenida com um de seus carros alegóricos, o Força Africana, visivelmente quebrado e teve problemas na montagem de outros.

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A Mocidade Independente de Padre Miguel se atrasou para colocar integrantes em um de seus carros, o que provocou um buraco na avenida. Em outro momento, o carro abre-alas empacou e desacoplou no meio do desfile e precisou ser empurrado por vários integrantes. A verde e branco, que tem como um dos compositores do samba enredo Carlinho Brown, se afastou do título devido às várias falhas.

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