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RJ: antes de desaparecer em favela, homem disse à esposa onde estava

“Se der ruim, sabe onde estou”, disse Thomas de Sousa Barros Lima, de 32 anos, em mensagem para a esposa antes de desaparecer

atualizado

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Reprodução
homem desaparecido Gardenia Azul
1 de 1 homem desaparecido Gardenia Azul - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Um homem desapareceu na madrugada do último sábado (11/9), após avisar à esposa que estava na comunidade da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio. O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

Thomas de Sousa Barros Lima, de 32 anos, encaminhou uma mensagem que parecia ser um pedido de socorro: “Se der ruim, sabe onde estou. Gardênia”, disse o comerciante à esposa, que já estava dormindo no horário.

Já pela manhã, às 7h30, a mulher questionou onde ele estava, mas não obteve resposta. Preocupados, familiares e amigos foram até o local buscar informações sobre o paradeiro de Thomas. Nas proximidades da favela, encontraram o carro do comerciante incendiado.

Segundo a família, Thomas tinha ido para o bar onde trabalha, que fica no bairro Pechincha, também na zona oeste da cidade, como sempre fazia. No entanto, às 2h30, quando acabou o expediente, avisou à esposa que iria encontrar-se com um amigo, identificado como Jefferson ou “DJ” em uma boate, que fica próxima ao seu trabalho.

Pouco depois, fez o último contato com a esposa e com um amigo, para quem enviou um vídeo do que parecia ser um baile funk.

No domingo (12/9), pela manhã, a família ouviu diversos relatos sobre uma briga que teria acontecido na favela e que um carro do mesmo modelo que o dele havia sido visto deixando o local. No entanto, a irmã de Thomas, Thainá de Sousa, diz ter ouvido comentários de que seu irmão teria sido levado para dentro da favela e executado.

Desde o ocorrido, a família não consegue contato com o rapaz que estava junto a Thomas.

“Não temos mais esperança de encontrá-lo vivo. Só queremos respostas do porquê isso aconteceu com ele e dar dignidade à família com o enterro. Os filhos deles só choram pedindo o pai. O filho mais velho, de 9 anos, perguntou ontem se não ia conseguir se despedir”, desabafou Thainá, ao Gardênia Azul Notícias.

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