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Retorno do Carnaval aquece turismo, mas nível ainda é menor que antes da pandemia

O Carnaval volta oficialmente às ruas em 2023. As projeções são otimistas, mas ainda apontam valores menores que antes da pandemia

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Imagem colorida de pessoas em um bloco de Carnaval
1 de 1 Imagem colorida de pessoas em um bloco de Carnaval - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Fevereiro de 2023 tem Carnaval. A frase, óbvia há três anos, agora se torna fonte de esperança. A emblemática festa de rua está oficialmente de volta. O retorno reaquece um dos setores mais impactados pela pandemia da Covid-19: o turismo. A projeção é que o evento deve movimentar R$ 8,18 bilhões no país.

O Carnaval de 2020 é visto por muitos como a “festa do fim do mundo”. Foi justamente na quarta-feira de cinzas, em 26 de fevereiro daquele ano, que o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no Brasil. Em 2021, a festa tentou se reinventar com eventos e shows on-line. Em 2022, com a vacinação em curso, era possível sonhar com o fim da barreira sanitária. Os afoitos trataram de ir para os bares e ruas, mas a edição foi marcada por cancelamentos, proibições e clandestinidade.

O Carnaval sempre fez parte de uma fatia considerável da receita anual do setor turístico e importante fonte de renda para milhares de trabalhadores informais. Por isso, as boas projeções para o “natal do turismo” têm sido muito bem-vindas. De acordo com números levantados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a festa estima movimentar R$ 8,18 bilhões, valor 26,9% maior que no ano passado.

Em 2020, a receita gerada foi de R$ 8,47 bilhões, 3,3% a mais do que o previsto para este ano. Segundo a CNC, a discrepância se dá por condições econômicas desfavoráveis, reajustes de preços, juros e comprometimento da renda mais elevados. Para ilustrar, o valor de passagens aéreas e hospedagem acumularam alta nos últimos 12 meses, de 23% e 18%, respectivamente.

Turismo Carnaval Gráfico - metrópoles
Volume financeiro dos últimos 10 anos de Carnaval com valor corrigido para 2023

A festa deve gerar ainda, em 2023, 24,6 mil vagas para trabalhadores temporários. Cozinheiros, auxiliares de cozinha e profissionais de limpeza encabeçam a lista de profissionais demandados.

A projeção perde apenas para o ano de 2014, quando o carnaval ocorreu em datas próximas à Copa do Mundo, o que explica maior demanda.

Comissão de frente

As praças mais tradicionais do Carnaval de rua se alinham com o cenário nacional apresentado pela CNC. Há crescimento expressivo frente aos dois últimos anos, mas que ainda não se equiparam ao patamar pré-pandêmico. O Rio de Janeiro vê em 2023, de acordo com a CNC, o menor volume financeiro da última década, à exceção dos anos pandêmicos.

Em contrapartida, números divulgados pelo Riotur em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (Smdeis) preveem movimentação de R$ 4,5 bilhões, superando assim o giro de 2020 em R$ 500 milhões.

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Segundo a Secretaria de Turismo e Viagens, São Paulo vive uma crescente. Cerca de 4,5 milhões de turistas devem movimentar por volta de R$ 3 bilhões, equivalente a 36% da projeção nacional. Ainda no estado paulista, 81% dos municípios esperam índices melhores que os de 2020, cenário mais otimista que o projetado para o Brasil.

Belo Horizonte tem ganhado lugar cativo na rota dos grandes carnavais. Neste ano, a expectativa é de que 5 milhões de pessoas passem pela cidade. A estimativa se iguala ao Rio de Janeiro.

A Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) revela que 16.117 ambulantes se cadastraram para atuar na festa. Os cadastros excedem em 10% os números de 2020.

Em Olinda, a ocupação do setor hoteleiro já beira a lotação máxima. A prefeitura da capital pernambucana estima uma circulação de 4 milhões de foliões e turistas entre a cidade histórica e Recife. Concretizada a prospecção, o evento supera, em 400 milhões, os presentes em 2020.

“O Melhor Carnaval do Mundo Voltou”. Com esse tema, Salvador prevê que 800 mil turistas se somem aos foliões locais. O volume de pessoas de fora se traduz em 95% da capacidade hoteleira ocupada. A Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) prevê arrecadação estimada em R$ 1,8 bilhões. A terra do axé e dos trios elétricos mira em um movimento de R$ 479 milhões apenas na capital.

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