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Renda da população mais pobre caiu 33,9% em 2021, diz IBGE

Levantamento mostra que a queda na renda dos brasileiros afetou principalmente a população com menor rendimento

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Aumento da pobreza no DF _ assentamento CCBB
1 de 1 Aumento da pobreza no DF _ assentamento CCBB - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (10/6), aponta que a queda na renda dos brasileiros afetou de forma mais intensa a população com menores vencimentos. De 2020 a 2021, todas as classes tiveram uma diminuição no rendimento mensal por pessoa. No entanto, entre os 5% que recebem em média R$ 39, os de menor renda, a queda foi de 33,9%. Em 2020, o valor era de R$ 59.

Entre os de 5% a 10% mais pobres, com renda mensal de R$ 148, o valor despencou 31,8%. No ano anterior, era R$ 217. Já para a população com renda mais alta (R$ 15.940), a diminuição foi de 6,4%. Isso significa, em 2021, o grupo — que representa 1% dos brasileiros —, teve o rendimento 38,4 vezes maior que a média da população mais pobre.

A Pnad Contínua: Rendimento de Todas as Fontes 2021 mostrou que o rendimento mensal real da população teve queda recorde e atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012. Os dados apontam que a redução de beneficiários do Auxílio Emergencial durante a pandemia fez a renda cair.

No ano passado, a renda média mensal domiciliar per capita foi de R$ 1.353. É a menor valor em 10 anos, considerando a série histórica da pesquisa iniciada em 2012.

Ainda de acordo com o levantamento, o rendimento mensal médio real de todas as fontes no país passou de R$ 2.386, em 2020, para R$ 2.265, em 2021 – valor mais baixo desde 2012. Naquele ano, quando teve início a série histórica da pesquisa, a quantia era estimada em R$ 2.369 (já descontada a inflação do período). Esse recuo corresponde a uma queda de 5,1%, a mais intensa da série.

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