metropoles.com

Relembre outras 5 tragédias que abalaram o futebol brasileiro

Muitas ocorreram em jogos, como na final do Brasileiro de 1992, no Maracanã. Houve também acidentes aéreos, como o da Chapecoense, em 2016

atualizado

Compartilhar notícia

Reproduçāo
Flamengo Rio de Janeiro
1 de 1 Flamengo Rio de Janeiro - Foto: Reproduçāo

O incêndio ocorrido no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, na cidade de Vargem Grande, no Rio de Janeiro, tirou ao menos 10 vidas, entre jogadores da base e funcionários da equipe carioca. Além disso, outros quatro foram internados.

Mesmo sendo raras, essas tragédias, quando acontecem, deixam marcas profundas no esporte. Nos últimos 30 anos, ao menos cinco desastres abalaram o futebol brasileiro. Relembre:

Maracanã, 1992
Em 19 de julho de 1992, o estádio do Maracanã estava lotado para a final do Campeonato Brasileiro entre Botafogo e Flamengo. Faltando menos de 30 minutos para o início da partida, as grades das arquibancadas, com sinais de desgaste e má conservação, não suportaram a pressão e cederam. Com isso, diversas pessoas caíram, atingindo torcedores que estavam embaixo. Na ocasião, três morreram e 90 ficaram feridos.

O acidente deixou o estádio fechado por sete meses. Não houve prisões em função do desastre, que foi considerado um acidente. Mesmo assim, o governo do Rio de Janeiro fez obras para a recuperação do local. Depois das reformas, a capacidade do estádio caiu de 200 mil para 100 mil lugares.

Supercopa São Paulo de Futebol Júnior, 1995
No dia 20 de agosto de 1995, São Paulo e Palmeiras decidiam a Supercopa São Paulo de Futebol Júnior, no Pacaembu. No fim do tempo regulamentar, a partida terminou empatada em 0 a 0.

Depois que o atacante palmeirense Rogério, na morte súbita, fez o gol que definiu a vitória palmeirense, as duas torcidas invadiram o campo e começaram uma confusão generalizada, usando pedras e pedaços de pau. Um torcedor do São Paulo, de apenas 16 anos, morreu, e outras 102 pessoas ficaram feridas.

O Ministério Público Estadual pediu a extinção da torcida Mancha Verde e da Independente, do Palmeiras e do São Paulo, respectivamente.

Copa João Havelange, 2000
Vasco e São Caetano faziam a final da Copa João Havelange no dia 30 de dezembro de 2000. O estádio São Januário, lotado, sediava a partida.

Aos 23 minutos da primeira etapa, torcedores do São Caetano começaram a correr em direção à grade que separava a torcida do gramado para fugir de uma briga. Com a pressão, a grade cedeu e 175 pessoas ficaram feridas. Ninguém foi preso.

Tragédia da Fonte Nova
Em 25 de novembro de 2007, sete torcedores que assistiam à partida entre Bahia e Vila Nova morreram ao despencar de uma altura de cerca de 20 metros depois que parte de uma estrutura de concreto da antiga Arena Fonte Nova cedeu e abriu um buraco na arquibancada do anel superior.

O estádio, que fora considerado o pior do país e passou por uma série de limitações ao longo daquele ano, recebia um público registrado de mais de 60 mil pessoas. O jogo era válido pela Série C, até então a última divisão do futebol nacional.

Ninguém foi responsabilizado criminalmente pela morte das sete pessoas. Denunciados pelo Ministério Público da Bahia por homicídio culposo e lesão corporal de natureza culposa, o ex-jogador Raimundo Nonato Tavares, o Bobô, e o engenheiro Nilo dos Santos Júnior, diretor-geral e diretor de Operações da Sudesb na época, respectivamente, foram absolvidos pela Justiça.

Chapecoense 
No dia 29 de novembro de 2016, o time do Chapecoense se deslocava de Santa Catarina até Medellín, na Colômbia, onde a equipe disputaria a primeira partida da final Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Após uma pane seca, o avião caiu próximo ao aeroporto internacional da cidade, deixando um saldo de 71 mortos e seis sobreviventes. Além de jogadores, morreram membros da diretoria do time e jornalistas.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Chapecó(SC), 01/12/2017 a 03/12/2017 – Avião com time da chapecoense cai na Colômbia e deixa 71 pessoas mortas. Em Chapecó, família, amigos e a cidade prestam as últimas homenagens aos mortos. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após o desastre, uma série de ações foram iniciadas e muitas delas ainda estão em curso. O mundo do futebol ficou bastante comovido e uma série de equipes cederam jogadores ao time. O chapecoense foi declarado campeão da Copa Sul-Americana.

Tragédia no Flamengo
Pelo menos 10 pessoas morreram e três ficaram feridas em um incêndio de grandes proporções no Centro de Treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro. As chamas começaram na madrugada desta sexta-feira (8), por volta das 5h.

O local foi completamente consumido pelo fogo. Entre os feridos, está uma pessoa em estado grave. As vítimas encaminhadas ao hospital foram identificadas como Cauã Emanoel Gomes Nunes, de 14 anos, Francisco Diogo Bento Alves e Jonathan Cruz Ventura – as idades não foram informadas. Cauã é de Fortaleza e está há três anos no Rio.

Segundo as primeiras informações, o alojamento onde ficavam atletas da base cujas famílias moravam longe ou fora do Rio de Janeiro foi totalmente consumido pelas chamas. Os jogadores têm entre 14 e 17 anos.

Não se sabe ainda as circunstâncias do incêndio. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o incêndio foi controlado por volta das 7h30.

“A gente tem o local, que é o alojamento, onde os jogadores da base do Flamengo dormiam. A identificação das vítimas é feita posteriormente pela Polícia Civil”, disse o tenente coronel do Corpo de Bombeiros Douglas Henaut, em entrevista a TV Globo.

Compartilhar notícia