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Reitores de universidades protestam por terem sido eleitos e não empossados

Também participaram do ato a União Nacional de Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes)

atualizado

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Reitores de universidades federais eleitos e não empossados por Bolsonaro protestam em Brasília
1 de 1 Reitores de universidades federais eleitos e não empossados por Bolsonaro protestam em Brasília - Foto: Divulgação

Reitores de universidades federais eleitos, mas que não foram empossados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), protestaram, nesta quarta-feira (9/12), em frente ao Ministério da Educação, em Brasília. 

Também participaram do ato a União Nacional de Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). O grupo havia solicitado uma reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para tratar sobre as datas de inscrição do Prouni e do Fies 2021, divulgadas na última sexta-feira (4/12) que impossibilitam a utilização da nota do Enem.

Ao longo do mandato, Bolsonaro nomeou 16 reitores que não foram eleitos pela comunidade. De acordo com a Constituição, a instituição de ensino deve encaminhar ao presidente uma lista com três candidatos mais votados, e o chefe do Executivo formaliza a escolha.

Carta Aberta

Os reitores não empossados escreveram uma carta aberta criticando a postura do governo. As informações são do G1. 

“Realmente, para que serve um processo eleitoral de grandes proporções, envolvendo milhares de servidores e estudantes em dezenas de cidades, se o seu resultado não for integralmente respeitado? A prática da democracia seria apenas uma mera formalidade na visão de nossos representantes políticos?”, questiona o documento.

Bolsonaro já havia afirmado, em live do Facebook, que verificava os nomes enviados pelas universidades e detectava candidatos “militantes”.

“A gente pesquisa a vida da pessoa, pessoas trazem informações, chega na nossa frente, chega, daí chega a informação: esse cara é do PSol, esse outro é do PT, esse outro é do PCdoB. A gente não deve escolher ninguém por questão ideológica, mas a gente vê que são militantes e qualquer um que você escolhe, nesse quesito, se bem que esse não é o critério mais adequado para se excluir ou não alguém dessa lista, mas (inaudível) isso compromete!”, disse na época.

A carta dos reitores responde ao comentário do presidente. “A intervenção nas instituições federais de ensino e a indicação de reitores biônicos remontam aos tempos da Ditadura Militar no Brasil e não são aceitáveis no Estado Democrático de Direito, conquistado a partir de duras lutas políticas e sociais”, afirmou o texto.

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