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Reforma ministerial deve se concretizar com retorno de Lula ao Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula já tem uma “decisão tomada” sobre as mudanças na Esplanada

atualizado

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Presidente Lula conversa com Arthur Lira durante posse do ministro do STF Cristiano Zanin - Metrópoles
1 de 1 Presidente Lula conversa com Arthur Lira durante posse do ministro do STF Cristiano Zanin - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Almejada há meses por parlamentares do chamado Centrão, a reforma no comando de pastas da Esplanada dos Ministérios de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) finalmente deve se concretizar. O presidente passou a última semana na África do Sul, onde participou da 15ª Cúpula do Brics, e retoma a agenda política nesta semana.

Em conversa com jornalistas na quinta-feira (24/8), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula já tem uma “decisão tomada” sobre as mudanças na Esplanada.

De acordo com Padilha, as alterações devem contemplar partidos que votaram de forma favorável ao Marco Fiscal, aprovado na Câmara dos Deputados na última terça-feira (22/8), e de outras pautas econômicas da agenda de Lula.

“O tempo quem define é o presidente. Ele está na África, na reunião do Brics. No retorno, vamos definir com o presidente as conversas com as lideranças. O mais importante é que a decisão já foi tomada, decisão de reforçar o nosso time nesse segundo semestre, com bancadas parlamentares que já votaram a favor do Marco Fiscal, da reforma tributária, aumento do salário mínimo, redução do imposto de renda”, disse Padilha, na ocasião.

O ministro chegou a fazer uma analogia com o futebol, afirmando que o “time” de Lula será reforçado para o “segundo turno”. “Ele (Lula) gosta de poder conversar olho no olho. Relação com partidos não é relação com blocos. Agora, ele quer discutir a posição em que eles vão jogar”, completou.

Nas últimas semanas, o presidente já acenava para as mudanças no governo. Em entrevista a um pool de rádios, Lula afirmou que as alterações têm objetivo de formar maioria no Congresso Nacional, onde a maior parte dos parlamentares tem perfil conservador — na Câmara, por exemplo, o PL de Jair Bolsonaro tem a bancada mais expressiva, com 99 deputados.

“As trocas de ministros não podem ser vistas como uma coisa absurda ou menor. É muito importante. Temos partidos muito importantes que querem participar do governo e fazer parte da base”, destacou Lula.

Vitórias na Câmara

Após uma série de reuniões, líderes partidários e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiram pela votação de matérias prioritárias para a agenda econômica do governo.

As votações ocorreram com folga, uma semana após um encontro entre Lula e Lira na Residência Oficial do presidente da Câmara, às vésperas da viagem do petista para a África do Sul. No encontro, os dois acordaram os ajustes finais das alterações na Esplanada e, dias depois, líderes deram sinal verde para a apreciação dos projetos.

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O mais importante deles é o projeto de Lei Complementar (PLP) 93/23, que cria o novo Marco Fiscal para o país. O texto foi aprovado pela Câmara no primeiro semestre, passou pelo Senado, onde recebeu alterações, e retornou à Casa Baixa. Aprovada, a matéria vai para sanção presidencial.

Na mesma semana, o governo também teve outras vitórias na área econômica: a aprovação das medidas provisórias que definem o novo salário mínimo e as alterações no Imposto de Renda. Os textos estavam travados na Câmara devido à falta de acordo para apreciação de MPs, mas foram tramitados pela Casa Baixa nos últimos dias. Ambos já passaram pelo Senado e vão a sanção.

Quem deve ser escalado para o time de Lula?

Uma das trocas almejadas pelo Centrão já foi efetivada: o deputado federal Celso Sabino (União-PA) assumiu, no último mês, o Ministério do Turismo. Ele ocupou o lugar de Daniela Carneiro.

Agora, Lula deve acolher as indicações do Republicanos e do PP, com nomeação de Silvio Costa Filho e André Fufuca. As pastas de destino dos parlamentares, no entanto, ainda não foram definidas.

O PP insiste na ideia de comandar o ministério do Desenvolvimento Social, de Wellington Dias, mas a ideia não agrada Lula. Isso porque a pasta tem “a cara do governo”, já que é responsável pelo Bolsa Família, um dos programas mais populares do petista.

As demais alterações ainda não foram definidas, mas devem agradar partidos que votaram de forma favorável ao Marco Fiscal. O relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), responsável pelo parecer ao texto, foi apoiado por nomes do MDB, PP, União Brasil e PSD, além das siglas da base governista.

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