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Personalidades repudiam racismo contra porta-bandeira: “Inadmissível”

Vilma Nascimento é porta-bandeira da escola de samba Portela há mais de 60 anos, e denunciou racismo sofrido no aeroporto de Brasília

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Imagem colorida de Vilma Nascimento, porta-bandeira da Portela, vítima de racismo, acusada de roubo em loja - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Vilma Nascimento, porta-bandeira da Portela, vítima de racismo, acusada de roubo em loja - Metrópoles - Foto: Reprodução

Conhecida principalmente por ser uma das principais figuras da história das escolas de samba, a porta-bandeira da Portela Vilma Nascimento, 85 anos, denunciou ter sofrido racismo ao ser acusada de furto no Aeroporto Internacional de Brasília, na última terça-feira (21/22).

Escolas de samba saíram em sua defesa, assim como diversos políticos, que reagiram à situação.

Veja o constrangimento vivido pela porta-bandeira Vilma Nascimento:

A escola de samba pela qual Vilma Nascimento repudiou o racismo sofrido pela porta-bandeira. “A luta por uma sociedade mais justa e humana passa pelo combate ao racismo. O G.R.E.S Portela repudia veementemente o preconceito sofrido por Vilma Nascimento, o Cisne da Passarela, no aeroporto de Brasília, em companhia de sua filha Danielle Nascimento”, ressaltou.

O coro foi endossado pela Mangueira, escola de samba também do Rio de Janeiro. “Não vamos mais tolerar o racismo! Nosso povo se reconhece em dona Vilma e exigimos respeito, nossa cor da pele não pode mais ditar o tratamento que vamos ter, seja onde for”, escreveu em nota a Mangueira.

Políticos do governo reagem

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi uma das primeiras políticas a reagir à denúncia de racismo. “São absurdas e inadmissíveis as acusações racistas feitas por funcionários de uma loja do aeroporto de Brasília a Vilma Nascimento, Baluarte da Portela e lenda viva da cultura negra brasileira”. Veja:

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta também se pronunciou nas redes sociais. “Inadmissível! Na semana da Consciência Negra, um caso absurdo de racismo escancara a dura realidade do nosso país. (…) Foi constrangida e teve sua bolsa revistada aqui no aeroporto de Brasília”, repudiou. Veja:

Vilma Nascimento ficou conhecida como Cisne da Passarela, e é porta-bandeira da escola de samba carioca Portela há 66 anos. Ela foi uma das personalidades homenageadas pela Câmara dos Deputados no Dia da Consciência Negra, na última segunda-feira (20/11), em Brasília

Veja a nota de repúdio da Portela na íntegra:

“A luta por uma sociedade mais justa e humana passa pelo combate ao racismo. O G.R.E.S Portela repudia veementemente o preconceito sofrido por Vilma Nascimento, o Cisne da Passarela, no aeroporto de Brasília, em companhia de sua filha Danielle Nascimento

Vilma é um dos ícones da Portela e do carnaval. É uma sambista de destaque, que traz na pele a marca de nossa ancestralidade. O constrangimento, demonstrado nas imagens divulgadas, é sentido por todos que temos no samba parte importante de nossa identidade, e que enxergamos em Vilma uma de nossas grandes referências.

Em nome dessa ancestralidade, que orgulhosamente compartilhamos e exaltamos, levantamos nossa voz pedindo para que o caso seja apurado pelas autoridades. Este é um dever do Poder constituído não apenas para com os sambistas, mas para toda a população preta de nosso país, que não admite mais ser discriminada em lugares públicos”.

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