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Quilombolas reclamam de falhas na vacinação contra a Covid-19

Segundo a associação, total da população quilombola mapeada pelo Ministério da Saúde, de acordo com dados antigos, não condiz com o real

atualizado

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Associação Quilombola Muquém Vargem Grande
quilombola Goiás niquelândia 5
1 de 1 quilombola Goiás niquelândia 5 - Foto: Associação Quilombola Muquém Vargem Grande

Considerados prioritários, os quilombolas reclamam de falhas na imunização contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo entidades que representam o grupo, existe morosidade na vacinação.

Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o total da população quilombola mapeada pelo Ministério da Saúde, de acordo com dados antigos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não condiz com o real contingente deste grupo.

“A população quilombola, incluída como um dos grupos prioritários definida pela Programa Nacional de Imunizações (PNI), tem enfrentado diversas dificuldades para ser imunizada em sua totalidade”, reclama a entidade, em nota. A Abrasco frisa que “a morosidade na vacinação pode devastar a população quilombola”.

Os problemas são acompanhados também pelas Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras, Rurais Quilombolas (Conaq), que já fez alertas ao Ministério da Saúde.

Hilton P. Silva, integrante do Grupo de Trabalho Racismo e Saúde da Abrasco e professor da Universidade Federal do Pará, cobra mais efetividade na campanha.

“Juntamente com a falta de transparência de alguns municípios sobre o calendário vacinal, reforça a situação de abandono das populações quilombolas por parte do Estado, os condenando, mais uma vez, à sofrimentos e morte por Covid-19”, pondera.

Ele defende que seja respeitada a autodeclaração e que não sejam criados entraves burocráticos através de exigências documentais ou outras, que podem afastar as pessoas da imunização.

Dados inexistentes 

Não existem no Brasil dados oficiais sobre a população quilombola. A categoria seria incluída pela primeira vez no Censo 2020, adiado por conta da pandemia.

Segundo estimativa da Fundação Cultural Palmares, as 3.212 comunidades certificadas até 2019 possuem 1,2 milhão de habitantes.

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