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“Questão dos drones deve ficar para um segundo momento”, diz Bolsonaro

Após acenar com “pelotões” de veículos não tripulados para agir no lugar de soldados e policiais, presidente joga promessa para depois

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
14/06/2019 Café da manhã com Jornalistas
1 de 1 14/06/2019 Café da manhã com Jornalistas - Foto: Marcos Corrêa/PR

Horas depois de defender a substituição de soldados e policiais por drones em ações contra criminosos, o presidente Jair Bolsonaro esclareceu nesta sexta-feira (21/06/2019) que uma eventual autorização de uso de esquadrões de veículos aéreos não tripulados ficará para “um segundo momento”. Não deve entrar no projeto que o governo prepara para dar “retaguarda jurídica” a soldados e policiais em operações de garantia da lei e da ordem (GLO), o chamado excludente de ilicitude.

Mais cedo, o presidente havia declarou que buscava colocar no projeto todas as possibilidades que poderiam ser empregadas nas operações, “até mesmo um pelotão de drones”, para que soldados não fiquem na “linha de tiros” de bandidos.

“Queremos dar segurança para quem estiver em operação. Já essa questão dos drones deve ficar para um segundo momento. O que queremos é poupar vidas dos soldados nesses enfrentamentos”, afirmou, após almoço com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.

Bolsonaro não deu prazo para o envio desses projetos ao Congresso Nacional, mas disse trabalhar para enviar o primeiro deles nas próximas semanas. “Só vou autorizar GLO nos Estados se houver retaguarda jurídica. Hoje o soldado tem mais medo de enfrentar um processo do que encarar troca de tiros. Após essas operações, nossos soldados têm que ser condecorados, não processados”, repetiu o presidente.

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