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Quem são os jovens mortos após serem atingidos por cabeça d’água

Grupo de pessoas foi atingido por cabeça d’água em cachoeira do Ribeirão Paranavaí (PR). Adolescentes faziam registro para a igreja

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imagem colorida adolescentes mortos cabeca dagua parana
1 de 1 imagem colorida adolescentes mortos cabeca dagua parana - Foto: Reprodução

Três adolescentes morreram após serem atingidos por uma cabeça d’água na cachoeira do Ribeirão Paranavaí, no noroeste do Paraná, onde faziam registros fotográficos para a igreja que frequentavam, na tarde de domingo (17/3). Havia oito integrantes no grupo. Uma pessoa segue desaparecida e, segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas foram retomadas nesta terça-feira (19/3).

Também nesta terça serão sepultados os corpos das vítimas identificadas como Pedro Henrique, 17 anos; Letícia Silva, 15; e Kauane Duarte, 16. A mulher que está desaparecida é a mãe de Kauane, Maria Gessé, 43.

De acordo com os bombeiros, o grupo foi arrastado pela correnteza quando a cabeça d’água atingiu a cachoeira. Conforme os relatos, as vítimas tentaram se segurar em cipós.
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Registros para a igreja

No momento do incidente, o grupo estava reunido na cachoeira se refrescando e fazendo registros fotográficos para um evento da igreja.

Todos os três jovens eram naturais de Paranavaí (PR). Letícia estava no 2° ano do ensino médio e Kauane, no 3°. Elas estudavam no Colégio Estadual Silvio Vidal. Pedro Henrique cursava o 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Leonel Franca. Ele chegou a jogar na base do time do Atlético Clube Paranavaí, onde atuou como atacante em 2023, e deixou o clube em julho do mesmo ano.

Em nota nas redes sociais, as duas instituições de ensino lamentaram a morte dos jovens.

Filho arrastado

A mãe de Pedro Henrique, Daiane do Santos Sterto, também estava no local e presenciou toda a situação. Ela viu o filho ajudando no resgate de duas pessoas e, depois, sendo arrastado pela correnteza.

“Na hora de ir embora, tiramos as fotos e, de repente, veio muita água, a gente conseguiu nadar, seguramos no cipó… Quando olhei para trás veio muita água… Cada um segurava no cipó. O Pedro pulou, salvou as duas e trouxe para cima com o cipó, aí, subiu para salvar a Ariele, colocou ela para cima e se soltou. Foi um herói”, contou Daiane ao G1.
Daiane pulou na água para tentar resgatar o filho, mas a força da água a jogou para o fundo. Quando retornou à superfície não viu mais o adolescente.

“Só clamava a Deus por misericórdia. Ia morrer ali. Subi correndo para pedir ajuda. Tinha um pit-bull e subi na árvore para gritar, gritar, e gritar por socorro. Daí, veio um rapaz para salvá-los”, detalhou.

Grande volume d’água

Segundo o Corpo de Bombeiros, o grupo estava reunido no ribeirão Paranavaí, aos fundos de uma propriedade particular, na área rural. Eles foram surpreendidos pela cabeça d’água quando saíam do local.

Equipes dos bombeiros foram acionadas e encontraram os jovens em áreas diferentes. Um deles estava a cerca de 4 km do ponto de onde foram levados.

Conforme a corporação, equipes também tiveram dificuldade de acessar o local onde os demais jovens estavam. Para o trabalho, foram necessários equipamentos especiais.

De acordo com o Simepar, na hora da enxurrada, choveu cerca de 53 milímetros na cabeceira do rio.

Cabeça d’água

O fenômeno é caracterizado pelo aumento rápido e repentino do nível de um rio, lago ou cachoeira devido a chuvas em trechos anteriores ou mais altos do percurso.

Segundo o Corpo de Bombeiros, quando a cabeça d’água acontece, a água apresenta uma mudança na coloração e passa a ter mais folhas e galhos. Por isso, a recomendação é para que a visitação em locais de cachoeira seja sempre acompanhada de instrutores ou pessoas com experiência na região.

Quando o rio apresentar algum sinal de aumento do volume ou mudança da coloração, é preciso sair imediatamente do local e procurar pontos mais altos.

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