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Queiroga diz que já conhecia secretária da Covid: “Perfis parecidos”

Rosana Leite de Melo ocupa cargo que seria da infectologista Luana Araújo, que não pôde assumi-lo por pressão da militância bolsonarista

atualizado

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Hospital Regional de Mato Grosso do Sul
Rosana
1 de 1 Rosana - Foto: Hospital Regional de Mato Grosso do Sul

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quinta-feira (17/6), que já conhecia “há algum tempo” a médica Rosana Leite de Melo, nomeada como secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 da pasta.

O chefe da Saúde disse que os dois trabalharam juntos, visto que ela atuou como secretária da Comissão Nacional de Residência Médica. Queiroga não forneceu mais detalhes, nem o ano, mas reforçou: “Ela tem um perfil parecido com o meu e acho que isso vai ajudar bastante”.

O nome de Rosana ocupa o lugar que seria da infectologista Luana Araújo, que não pôde assumir o cargo por pressão da militância bolsonarista, contrariada com suas críticas a remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

A secretaria é uma estrutura recém-criada pelo ministro. O posto estava vago desde o fim de maio, quando foi anunciada a saída de Luana, que não chegou a ser nomeada formalmente.

Rosana, de acordo com o colunista Igor Gadelha, já deu declarações colocando em xeque a efetividade do lockdown e se posicionou contra o protocolo obrigatório de tratamento precoce, que consiste em medicamentos sem eficácia comprovada no combate à Covid-19.

Esse último posicionamento foi assinalado pela médica em carta enviada, no início de julho de 2020, ao corpo clínico do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, unidade referência no tratamento contra o coronavírus no estado.

“Não instituiremos protocolos obrigatórios e sim respeitaremos os princípios bioéticos da autonomia, beneficência e não maleficência e da Justiça”, escreveu a cirurgiã, reforçando que os médicos do hospital teriam liberdade para receitar medicamentos do chamado tratamento precoce, como a cloroquina.

Lockdown não funciona

A médica ainda defendeu medidas de isolamento social, mas disse “não acreditar que o lockdown seria tão eficiente”. “Culturalmente falando, lockdown não ia funcionar no nosso país”, afirmou ao site Campo Grande News, em agosto de 2020.

Rosana, antes de assumir o comando do hospital, trabalhou no Ministério da Educação, de 2017 a 2019, durante o governo Michel Temer (MDB), quando desempenhou a função de coordenadora-geral de Residências em Saúde. Desde 2014 é professora efetiva da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Na última terça-feira (15/6), a UFMS publicou portaria cedendo Rosana para o cargo de secretária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde. O nome dela foi enviado pelo ministro Marcelo Queiroga ao Palácio do Planalto, e a nomeação foi publicada em edição desta quinta do Diário Oficial da União (DOU).

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