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PSol quer lei para vetar que parlamentar ganhe dinheiro como youtuber

Ideia é impedir monetização canais como o de Gabriel Monteiro, que tem salário de R$ 18 mil e recebe mais de R$ 60 mil como youtuber

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
Vereador do Rio Gabriel Monteiro (PSD)
1 de 1 Vereador do Rio Gabriel Monteiro (PSD) - Foto: Reprodução/Redes sociais

Rio de Janeiro – A bancada do PSol na Câmara de Vereadores do Rio apresentará um projeto de Lei para impedir que parlamentares ganhem dinheiro com vídeos em redes sociais. A ideia é impedir a monetização de canais como o do vereador Gabriel Monteiro (sem partido-RJ).

“O subsídio de vereador é de R$ 18 mil. O Gabriel Monteiro ganha muito mais como youtuber usando a prerrogativa de vereador para fazer ‘fiscalizações’. Isso está errado. A sociedade não precisa de um vereador espetáculo”, afirma o vereador Tarcísio Motta (PSol-RJ).

De acordo com o vereador Chico Alencar (PSol-RJ), a ideia do projeto é “impor limites claros sobre conseguir dinheiro privado com recursos públicos”.

“Como youtuber, ele ganha de R$ 60 mil a R$ 240 mil, segundo a reportagem”, ressalta o vereador ao Metrópoles. Chico Alencar se refere à reportagem veiculada pelo Fantástico, da TV Globo, no domingo (27/3), com denúncias de ex-funcionários e servidores da Casa contra o youtuber sobre abuso sexuais, assédio moral e utilização de gravações para projetos pessoais.

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A bancada carioca do partido, por meio das redes sociais, afirmou que Motta oficiará também o YouTube para que o canal do parlamentar seja desmonetizado “e ele pare imediatamente de lucrar com sensacionalismo e mentiras”.

Procurado pelo Metrópoles, o YouTube não respondeu diretamente sobre possível desmonetização do canal. Afirmou que “caso seja identificada violação das diretrizes da comunidade, o dono do canal será penalizado”.

O Metrópoles tentou contato com o vereador Gabriel Monteiro, mas até a publicação da reportagem não teve retorno.

Denúncias

Ex-PM, Gabriel Monteiro foi denunciado por assédio moral e sexual por cinco pessoas ex-funcionários e servidores da Câmara que trabalharam com Gabriel Monteiro.

Na reportagem, as vítimas apontam que o vereador pedia “carinhos” inclusive nas genitais, alisava uma de suas funcionárias e proporcionava momentos de constrangimento e desconfortáveis. Além disso, também há queixa de manipulações nos vídeos publicados por Monteiro nas redes sociais.

O vereador nega as acusações: “O Fantástico mentiu muito! A suposta estuprada me procurou para ficar comigo após esse suposto ato. A família da criança está indignada com a reportagem, só estávamos mostrando a realidade da menina que teve a vida mudada. A que alegou assédio cobrou 100 mil (reais) para não falar na TV”, disse.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro vai se reunir nesta terça-feira (29/3), às 15h, para avaliar as denúncias contra o vereador.

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