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Professor preso pela PM com faixa contra Bolsonaro é solto em Goiás

Arquidones Bites levava faixa “Bolsonaro genocida” no carro e foi enquadrado pela PM na Lei de Segurança Nacional, mas PF não aceitou queixa

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Arquidones Bites, professor preso em Goiás por faixa contra Bolsonaro
1 de 1 Arquidones Bites, professor preso em Goiás por faixa contra Bolsonaro - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O professor do ensino médio e dirigente do PT em Goiás Arquidones Bites discursou na frente da sede da Polícia Federal (PF), em Goiânia, após ser liberado de uma acusação da PM, de desrespeito à Lei de Segurança Nacional, por ter colocado uma faixa com a frase “Fora Bolsonaro genocida” em seu carro.

Irmão do ex-secretário do Entorno do Distrito Federal e ex-vereador de Valparaíso de Goiás Arquicelso Bites, que morreu vítima da Covid-19 em 30/3, Arquidones disse ter tomado um soco dos policiais que o pararam na rua, em Trindade (GO), nesta segunda (31/5). Ele protestou em memória do irmão caçula.

“Somos 19 irmãos, veio morrer justamente o caçula. Ele saiu da ordem”, lamentou Arquidones. “Saiu da ordem por causa que o presidente da República, esse genocida, não comprou vacina”, discursou ele, repetindo a frase que incomodou os PMs goianos.

Veja imagens da saída do professor do prédio da PF em Goiânia:

Arquidones colocou a faixa em seu carro para os protestos de sábado (29/5) contra o presidente Jair Bolsonaro e decidiu deixá-la. Nesta segunda, porém, houve a abordagem policial, que ele descreveu:

“Minha namorada ligou, disse que os policiais iam prender o carro e ela se não tirasse a faixa. Eu fui lá e falei ‘esse é meu direito de me manifestar. Na minha família morreram várias pessoas dessa doença porque o presidente não providenciou a vacina. Além de ser militante, eu tenho essa revolta de ter acontecido na minha família. Tenho por todo mundo, mas por meu irmão e minha sobrinha, que morreu semana passada, a revolta cresce mais”, afirmou o militante petista.

Veja:

Os PMs levaram o professor à delegacia em Trindade, onde o delegado não lavrou ocorrência. Em seguida, seguiram para a PF, na capital, de onde ele também foi liberado. Os PMs ainda queriam voltar com o petista para a delegacia de Trindade e autuá-lo por abuso de autoridade, mas acabaram recuando diante da pressão popular na porta da PF, segundo o advogado Edilberto Dias, que representa Arquidones.

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Arquidones é de família organicamente ligada ao movimento sindical em Goiás e ao PT. Já foi vereador em Trindade por mais de um mandado pelo partido e também exerceu a presidência da legenda no município vizinho a Goiânia. Atualmente, é dirigente da sigla e também do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego).

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