metropoles.com

Presidente e relator da CPI da Lei Rouanet devem propor mudanças

Eles defendem mecanismos que garantam maior transparência na escolha e na execução dos projetos

atualizado

Compartilhar notícia

Felipe Menezes/Metrópoles
Brasília (DF), 13/08/2016Festa ParadisoLocal: Ao lado do RubaiyatFoto: Felipe Menezes/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 13/08/2016Festa ParadisoLocal: Ao lado do RubaiyatFoto: Felipe Menezes/Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Deputados da CPI que vai investigar supostas irregularidades na Lei Rouanet vão propor mudanças na legislação. O colegiado elegeu, na manhã desta quarta-feira (14/9), Alberto Fraga (DEM-DF) como presidente da CPI. Ele vai indicar Domingos Sávio (PSDB-MG) como relator. Sávio já adiantou que, além das investigações e eventuais punições, vai sugerir um projeto para “aprimorar” a lei.

O parlamentar defende mecanismos que garantam maior transparência na escolha e na execução dos projetos. “A empresa é um parceiro no processo, mas o dinheiro que a empresa repassa é o dinheiro que ela teria que pagar de impostos, então é uma injeção na veia da cultura, e é muito bom que se faça isso, só que quando se faz isso de maneira ilícita é a mesma coisa que desviar dinheiro público, é corrupção, é roubo”, declarou.

Para Sávio, mesmo antes de haver denúncias de corrupção já havia questionamentos sobre a aplicabilidade da Lei Rouanet. Ele considera que a lei beneficia poucos artistas e deve ser “descentralizada”. “Não podemos permitir que 99% desses recursos fiquem limitados a um segmento ou a uma região do País. Dizem que alguns Estados não produzem cultura, mas é justamente porque não produz cultura é que aquele local precisa ser incentivado.”

Fraga negou que haja uma tentativa de boicotar a lei. “Não vamos acabar com a lei, vamos produzir alguma coisa para melhorá-la, esse é o compromisso maior da CPI. Não queremos fazer caça às bruxas, não é disso que se trata”, disse Fraga. Para o presidente, muitos artistas e empresários devem ser convidados para a fase de oitivas e os trabalhos do colegiado devem ser prorrogados para além dos 120 dias previstos no regimento.

Segundo Fraga, o primeiro passo será fazer um trabalho de cooperação com a Polícia Federal e o Ministério Público, que já investigam denúncias relativas à lei. “Vamos partir da premissa do que já existe levantado, são denúncias gravíssimas, já têm pessoas que foram presas, já consta um desvio em mais de R$ 180 milhões, então é um bom início. Quero conversar com a PF e com o MP para trabalharmos alinhados”, afirmou.

Inicialmente, o então presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), havia feito um acordo com parlamentares para que Vicente Candido (PT-SP) assumisse a relatoria do colegiado. Fraga, contudo, foi contra a orientação.

Requerimentos
Um dos primeiros requerimentos a ser apresentado na CPI será do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que solicitará um convite ao ator José de Abreu e a sua ex-mulher. Segundo Sóstenes, os dois estão inadimplentes desde 2007 e precisam prestar esclarecimentos. Apesar de negar que o ato seja uma retaliação, Sóstenes citou em sua fala o episódio em que Abreu, favorável ao governo Dilma, cuspiu em um casal após ser chamado de “ladrão”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?