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Prefeito ironiza pedido de mãe por medicamento para o filho: “Drama”

Pelas redes sociais, a mãe afirmou que, após repercussão da fala do prefeito, recebeu 11 latas do medicamento na última sexta-feira (24/3)

atualizado

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Reprodução / Redes sociais
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1 de 1 Imagem mostra postagem de prefeito em resposta a pedido de mãe por medicamento - Metrópoles - Foto: Reprodução / Redes sociais

A mãe de um menino de 10 anos que sofre com uma doença rara expôs nas redes sociais a indignação com que recebeu uma resposta do prefeito de Castanhal (PA), Paulo Titan, após cobrar o fornecimento de um medicamento.

“É muito fácil você me encontrar na Prefeitura diariamente, das 8h às 10h, onde atendo dezenas de casos todos os dias. Não aceito é drama através de rede social. Vá na Prefeitura, que terá o seu caso resolvido”, escreveu o prefeito.

A mãe do menino, Bruna Melo, se revoltou com a atitude do gestor. “O senhor me respeite e respeite meu filho”, exigiu. Ela destacou que  o filho corre risco de vida com a falta do medicamento, e que está sem fornecimento desde dezembro de 2022, contrariando decisões judiciais.

Confira a postagem:

De acordo com a mãe de Miguel Melo Matos, a prefeitura deve à criança quatro meses de Modulen, um tipo de formulação nutricional. Uma vez que a cada mês deveriam ser fornecidas 11 latas do material, a prefeitura estaria devendo 44 latas. Segundo a mãe, cada uma custa em torno de R$ 350.

“Essa situação não é novidade para ambos, já que existe um processo desde 2018 para receber fórmulas, e a Prefeitura de Castanhal simplesmente parou de fornecer, em dezembro de 2022”, reclama.

A criança sofre de retocolite ulcerativa, que não tem cura e é autoimune. A formulação ajudaria na cicatrização das úlceras e restauração da mucosa, prejudicadas pela doença que atinge o sistema digestivo.

Nas redes sociais, a mãe afirmou que, após a repercussão da fala do prefeito da cidade, recebeu 11 latas na última sexta-feira (24/3). No entanto, ainda não houve confirmação de que o repasse será normalizado.

O Metrópoles entrou em contato com a Prefeitura de Castanhal, mas não obteve retorno até a publicação do texto. Ao G1, a prefeitura informou que “lamenta o ocorrido e ainda mais que suas palavras possam ter gerado um equívoco de interpretação”.

Segundo a nota, a prefeitura “acompanha o paciente desde 2014, dando todo o suporte para a criança em questão. “Ressalte-se que existe processo judicial em que estado e município são responsáveis pela dispensação do alimento, mas o município vinha arcando sozinho com a entrega”, completa.

O município ainda detalhou que a aquisição da formulação está em processo licitatório.

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