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Prefeito de SP quer criar cargos comissionados de até R$ 13 mil

Projeto de lei enviado à Câmara Municipal prevê a contratação de cinco subsecretários e 10 assessores

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
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1 de 1 ricardo_nunes - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), enviou à Câmara Municipal nesta terça-feira (6/7) um projeto de lei que prevê a criação de 15 vagas comissionadas na Secretaria de Educação com salários que vão de R$ 10 mil a R$ 13 mil.

Segundo o texto, serão contratados cinco subsecretários e 10 assessores. Os novos cargos irão integrar a chamada “gestão da educação”.

Os funcionários, a serem indicados pelo prefeito, irão se dedicar às “finalidades pedagógica, de administração e de gestão escolar, de tecnologia da informação, de gestão de pessoas e de contabilidade, sem prejuízo de outras relacionadas à Secretaria Municipal de Educação”.

Nunes atribuiu a iniciativa à perspectiva de crescimento da rede municipal de ensino.”Para cumprir as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação, a rede municipal de ensino tende a continuar crescendo, seja com a implantação de novas unidades educacionais, a celebração de parcerias ou outras iniciativas e programas”, justifica o projeto.

Ao Metrópoles, servidores municipais da educação afirmaram que as contratações causam estranheza porque a secretaria acomoda poucos cargos comissionados, ocupados, em sua maioria, por servidores concursados que alcançam esses postos de confiança após anos de experiência.

Segundo o projeto de lei, para ser nomeado para uma das novas funções basta ter ensino superior completo, sem necessidade de experiência na área.

“Qual o interesse de criar esses cargos agora? Soa como acomodação política”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Sergio Antiqueira. “Estamos com vários cargos que não são renovados há anos”, continua.

A Prefeitura de São Paulo foi procurada para comentar o assunto, mas ainda não retornou.

 

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