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Por falta de verba, Ipen suspende a produção de remédios contra câncer

O órgão federal está sem recursos para comprar insumos utilizados na radioterapia e nos exames de diagnóstico por imagem

atualizado

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Myke Sena/Esp. Metrópoles
remédio medicamento saude comprimido alopada
1 de 1 remédio medicamento saude comprimido alopada - Foto: Myke Sena/Esp. Metrópoles

O Instituto de Pesquisa Energética e Nucleares (Ipen), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), informou que, a partir do dia 20 de setembro, vai suspender temporariamente sua produção, devido à falta de verbas para aquisições e contratações.

O órgão importa radioisótopos de produtores na África do Sul, na Holanda e na Rússia, além de adquirir insumos nacionais para produção de radioisótopos e radiofármacos utilizados no tratamento do câncer. O material é usado na radioterapia e em exames de diagnóstico por imagem, entre outros.

O Ipen fabrica 25 diferentes radiofármacos, ou 85% do fornecimento nacional. Para manter a produção, o órgão aguarda a aprovação pelo Congresso Nacional de um Projeto de Lei que adicionaria R$ 34,6 milhões ao seu orçamento. Outros R$ 55,1 milhões estão sendo buscados pelo MCTIC para completar os R$ 89,7 milhões que o instituto precisa para produzir os radiofármacos até dezembro deste ano.

Em publicação do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Federal de São Paulo (Sindsef-SP), a falta de recursos para o Ipen é classificada de “desastre sem precedentes”. O sindicato informa que o problema vem sendo relatado desde o início do ano e que o Ipen tem feito “malabarismo” para se manter em atividade.

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