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Zeca Dirceu sobre grupo que inclui União e PP: “Superbloco é exagero”

Zeca Dirceu é líder do PT na Câmara dos Deputados e minimizou o impacto da formação do bloco com 173 deputados com relação à governabilidade

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, em entrevista à coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. Ele gesticula durante fala - Metrópoles
1 de 1 O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, em entrevista à coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. Ele gesticula durante fala - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PR) falou comentou o impacto da formação do bloco parlamentar com 173 deputados, liderado pelo PP e União Brasil, e a governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar minimizou o tamanho do grupo e afirma que a formação tem mais impacto para questões internas que com apoio à projetos do governo.

“Blocão? Superbloco é exagero. Superbloco é o que formamos para a eleição do presidente Lira, que vai continuar tendo o peso nas decisões. Isso [a formação] não é a favor do governo não é contra o governo, não é a favor do Lira nem contra o Lira, não é a favor do PL ou contra o PL e não é a favor do PT nem contra o PT”, disse Zeca Dirceu a jornalistas, na tarde desta quinta-feira (13/4).

O líder do PT considerou a formação do bloco como iniciativa para atender às demandas dos partidos para preservar os seus espaços na Câmara dos Deputados. Sabe-se, nos bastidores, que inicialmente a negociação para formação do bloco envolvia apenas o União Brasil e PP. Diante da surpresa com a formação de um outro bloco, com 142 deputados do MDB, Podemos e mais legendas, o grupo do presidente Arthur Lira buscou outras siglas para a composição.

O referido “superbloco” é formado pelo União Brasil, PP, PSB, PDT, federação PSDB-Cidadania, Avante, Patriota e Solidariedade. Como apurou o Metrópoles, o grupo se divide entre atuação pela governabilidade, disputa por relatorias e, também, a próxima disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.

A formação do bloco prevê rotatividade na liderança, com partidos assumindo o comando de acordo com o tamanho das suas bancadas: as maiores legendas passam mais tempo, com mudança a cada dois meses. O primeiro líder, escolhido de forma a demonstrar abertura de diálogo com o governo, foi Felipe Carreras (PSB-PE), correligionário do vice-presidente Geraldo Alckmin.

“O bloco vai ajudar a pavimentar a governabilidade de Lula na Câmara dos Deputados”, disse Carreras, em coletiva no salão verde da Câmara na tarde de quarta. A fala já repercutiu e um membro do grupo, que pertence à ala independente, afirma que declarações nesse tom gerarão atrito com o PP, União Brasil, PSDB e Cidadania. Essas legendas não se alinharam à base governista, apesar de o União contar com o comando de dois ministérios (e ter influência direta em um terceiro).

Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara, reforçou possibilidade de diálogo, mas se apressou em negar alinhamento com o governo: “Para mostrar que não há qualquer tipo de interesse em criar, sobretudo com o governo, qualquer tipo de celeuma, decidimos que o colegiado tomará as decisões e que ele será coordenado por um rodízio de líderes experientes, que estão mais afinados um governo, no sentido de que as pautas prioritárias do nosso país, como as MPs em tramitação e alguns projetos de lei com urgência constitucional, sejam tocados por essas pessoas”, disse, em coletiva.

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