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Vendedor que questionou Damares em loja entra com representação na PGR

Segundo o advogado de Thiego Amorim, ministra praticou “constrangimento, vias de fato e ameaça”

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
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1 de 1 vac_abr_0612188201 - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vendedor Thiego Amorim, que se envolveu numa confusão com a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, na loja de um shopping em Brasília semana passada, entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a pastora, nesta segunda-feira (7/1). Ele acusa Damares por constrangimento, vias de fato e ameaça.

Segundo o advogado de Amorim, Suenilson Sá, imagens das câmeras de segurança do estabelecimento podem comprovar que a ministra segurou seu cliente pelo pescoço, enquanto lhe dirigia a palavra em tom de ameaça, causando-lhe constrangimento. São informações de O Globo.

De acordo com o relato do vendedor, a assessora que acompanhava a ministra no shopping teria dado um tapa em sua mão, enquanto Amorim pegava o celular para começar a gravar. O advogado afirma: o vídeo que viralizou não mostra tudo o que aconteceu dentro da loja.

“Na filmagem só aparece uma parte do que aconteceu, não mostra a evolução dos fatos. Antes, ele disse que a loja estava toda em promoção, ela chegou a experimentar uma roupa e foi no final que ele fez a pergunta sobre a cor da roupa de Damares”, afirmou Suenilson Sá. A ministra vestia uma blusa azul e na véspera, em outro vídeo, havia afirmado: “Meninas vestem rosa, meninos vestem azul” (veja abaixo).

“Ele começou a gravar porque se sentiu ameaçado. Não teria tido a atitude de filmar se ela não tivesse feito nada. O gesto de segurar em seu pescoço configura ameaça”, afirmou o advogado.

“Ainda que só tenha conseguido gravar uma parte, que não dá sustentação do principal, o caso tem como ser comprovado pelas imagens das câmeras do circuito interno da loja”, completou o advogado do vendedor.

Injúrias raciais
Sá também registrou ocorrência na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Segundo ele, essa medida foi necessária em decorrência de uma série de ameaças que o vendedor vem recebendo por meio das redes sociais, muitas delas contendo injúrias raciais.

A expectativa de Thiego Amorim é que sejam abertas investigações referentes às duas denúncias.

Outro lado
O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos foi procurado por O Globo desde o início da tarde, mas não respondeu ao pedido de posicionamento sobre o caso.

Confira o vídeo da ministra:

Confira a postagem original de Thiego Amorim:

https://www.instagram.com/p/BsMRMWtgO1x/?utm_source=ig_embed

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