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Terceiro governo Lula terá 37 ministérios. Conheça os titulares

O número de pastas de Lula será maior do que o do atual presidente, Jair Bolsonaro, que conta com 23 ministérios

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
O presidente eleito Lula anuncia no CCBB os últimos dezesseis ministros para compor seu governo. Ele fala diante de um púlpito cercado de autoridades e políticos - Metrópoles
1 de 1 O presidente eleito Lula anuncia no CCBB os últimos dezesseis ministros para compor seu governo. Ele fala diante de um púlpito cercado de autoridades e políticos - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminou de montar o time de ministros que integrará o novo governo. Serão 37 ministérios, número maior que o do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que conta com 23 pastas na Esplanada.

A estratégia do petista vai na contramão do “enxugamento” realizado por Jair Bolsonaro (PL) quando foi eleito em 2018. Lula, no entanto, afirma que a estrutura já existente será usada para as novas pastas, sem custos adicionais às contas públicas.

O novo governo deve seguir a forma do segundo mandato de Lula, entre 2007 e 2010. Haverá a recriação de ministérios como o da Cultura, do Esporte,  de Cidades, de Igualdade Racial e da Pesca. Outras pastas serão fragmentadas para cuidar de diferentes temas. Um exemplo é o atual Ministério da Economia, que passa a ser dividido em Fazenda, Planejamento, Gestão e Inovação e Indústria e Comércio.

Além disso, há a criação de ministérios inéditos, como o dos Povos Originários, uma promessa de campanha de Lula. O Executivo também passa a ter um órgão específico para Portos e Aeroportos, desmembrado do atual Ministério da Infraestrutura.

Veja o carômetro dos novos ministros:

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Quem são os ministros:

Alexandre Padilha – Médico, Padilha será o novo ministro das Relações Institucionais. Ele tem vasta experiência na área de saúde. Foi ministro-chefe da secretaria de Relações Institucionais (2009-2010), da Saúde (2011- 2014), secretário de Saúde de São Paulo (2015- 2016) e, deputado federal desde 2019. É filiado ao PT desde a adolescência.

Alexandre Silveira – Delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Silveira foi diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no primeiro mandato de Lula. Também assumiu cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU). Ele será ministro de Minas e Energia.

Ana Moser – Ana Moser atuou como atleta profissional de vôlei por 15 anos. Entre os clubes pelos quais passou, está a seleção brasileira, onde ganhou os títulos de medalhista olímpica e mundial. Ela assume o Ministério dos Esportes.

Anielle Franco – Irmã da ex-vereadora Marielle Franco que foi brutalmente assassinada em 2018, Anielle será a nova ministra da Igualdade Racial de Lula. É professora, jornalista e ativista brasileira, diretora do Instituto Marielle Franco.

André de Paula – Pernambucano, de Paula foi vereador, deputado estadual, secretário de estado e já cumpriu seis mandatos como deputado federal. Também é presidente estadual de seu partido, o PSD, e 2º vice-presidente da Câmara dos Deputados.

Aparecida Gonçalves – Aparecida ou Cida Gonçalves é consultora de políticas públicas contra a violência de gênero. Ela ocupou a Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres nos governos Lula e Dilma e participou da equipe de transição. Gonçalves também já foi assessora técnica e política da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no Governo do Mato Grosso do Sul, entre 1999 e 2000, e assessora da Coordenadoria de Atendimento à Mulher da Secretaria de Estado de Assistência Social Cidadania e Trabalho de 2001 a 2002. Ela assume o Ministério da Mulher.

Camilo Santana – Novo ministro da Educação, petista desde 2002, Camilo já foi secretário do Desenvolvimento Agrário e de Cidades do Ceará. Foi também deputado estadual (2011 – 2015) pelo estado e eleito senador no pleito de outubro. Governa o estado do Ceará desde 2015.

Carlos Fávaro – Senador desde 2020, Fávaro será o titular da Agricultura e Pecuária. Já foi vice-governador do Mato Grosso e é filiado ao Partido Social Democrático (PSD). Agropecuarista há anos, também já foi vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), em 2010, e presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), de 2012 a 2014.

Carlos Lupi – Formado em Administração, Lupi é ex-ministro do Trabalho e Emprego de Lula e de Dilma Rousseff. Também foi secretário de Transportes da prefeitura do Rio de Janeiro, deputado federal e primeiro suplente do ex-senador Saturnino Braga. Assumiu a presidência do PDT em 2004. Nesta nova gestão, Lupi assume a pasta de Previdência Social.

Daniela do Waguinho – Daniela é esposa do prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (União Brasil). Ele foi o único prefeito da Baixada Fluminense a fazer campanha abertamente para Lula nas eleições deste ano. Neste governo, Daniel será ministra do Turismo.

Esther Dweck – Doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez parte do governo de Dilma Rousseff. À época, foi secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento, na gestão da ex-ministra Miriam Belchior (2011-2015). Na equipe de transição de governo, Esther participou do grupo técnico de Planejamento e Orçamento. Nesta nova gestão, a economista assume o Ministério da Gestão.

Fernando Haddad – Cotado desde o início como ministro, Haddad foi ministro da Educação durante as gestões de Lula e Dilma Rousseff (2005 e 2012). Foi prefeito de São Paulo, e disputou a reeleição na prefeitura de São Paulo em 2016, mas não foi eleito. Se candidatou à Presidência em 2018 e para o governo de São Paulo em 2022, mas foi derrotado. Assume o Ministério da Fazenda.

Geraldo Alckmin – Natural de Pindamonhangaba (SP), Alckmin foi governador de São Paulo entre 2001 e 2006 e entre 2011 a 2018. Antes, foi vice-governador de 1995 a 2001, deputado federal (1987-1995), deputado estadual (1983-1987), prefeito de Pindamonhangaba (1977-1982) e vereador de Pindamonhangaba (1973-1977). O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços coordenou as equipes técnicas do Gabinete de Transição.

Jader Filho – Um dos três ministérios do MDB de Baleia Rossi, Cidades será chefiada por Jader Filho, irmão do governador do Pará, Helder Barbalho e filho do senador Jader Barbalho. Preside o diretório do MDB no estado do Pará.

Jorge Messias – Integrante da carreira de procurador da Fazenda Nacional e ex-subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff. O novo advogado-geral da União de Lula também exerceu os cargos de procurador do Banco Central, consultor jurídico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, secretário de regulação e supervisão da Educação Superior no Ministério da Educação, subchefe de análise e acompanhamento de políticas governamentais da Casa Civil e assistente parlamentar do senador Jaques Wagner.

José Múcio Monteiro – Ex-prefeito e ex-vice-prefeito do município pernambucano Rio Formoso, o novo ministro da Defesa de Lula já foi Secretário Estadual dos Transportes, Comunicação e Energia de Pernambuco (1983 -1986), secretário Municipal de Planejamento do Recife (1997 – 1998) , deputado federal (1991-2007), ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (2011 – 2015) e ministro do Tribunal de Contas da União (2011 – 2015). Ele assume o Ministério da Defesa.

Juscelino Filho – O médico maranhense foi eleito deputado federal pelo União Brasil em 2014, e reeleito em 2018. É filho de Juscelino Rezende, prefeito por dois mandatos de Vitorino Freire (MA) (1997 a 2000 e 2001 a 2004) e deputado estadual por três mandatos, além de ter sido secretário adjunto do Maranhão no Governo Luiz Rocha. Ele assumirá o Ministério das Comunicações.

Flávio Dino – Eleito senador pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB) foi mestre em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2001) e atuou como juiz federal da 1ª Região (TRF1) de 1994 até 2006. Além disso, de 2011 a 2014, presidiu o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Dino foi o primeiro governador eleito pelo PCdoB na história do partido, em 2014. No pleito seguinte, ganhou as eleições contra Roseana Sarney. Dino comandará o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Luciana Santos – Filiada e presidente do PCdoB, a nova ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação é engenheira e atual vice-governadora de Pernambuco. Foi eleita para o primeiro cargo político em 1997, para deputada estadual pelo Pernambuco. Foi prefeita de Olinda (2001-2008), secretária estadual de Ciência e Tecnologia de Pernambuco (2009-2010), deputada federal por Pernambuco (2011 – 2018).

Luiz Marinho – O novo ministro do Trabalho e Emprego já foi o titular da Previdência Social e ministro do Trabalho e Emprego do Brasil entre 2005  a 2008, durante o governo de Lula. Também foi prefeito de São Bernardo do Campo (2009-2017). Foi eleito na eleição de outubro para um mandato de deputado federal a partir de 2023.

Márcio França – Ministro de Portos e Aeroportos, França tem uma extenso currículo político. Foi vereador e prefeito de São Vicente, São Paulo, entre 1989 e 2005. Deputado federal por São Paulo (2007-2015), secretário estadual de Esporte, Lazer e Turismo de São Paulo (2011-2015), secretário estadual de Desenvolvimento de São Paulo(2015-2018). Também foi governador e vice-governador, entre 2015 e 2019.

Márcio Macedo – Escolhido por Lula para a Secretaria-Geral da Presidência da República, Macedo foi deputado federal por Sergipe, de 2011 a 2015. Biólogo de formação, esteve entre 2007 e 2010, como secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do estado de Sergipe, na gestão do então governador Marcelo Déda.

Marina Silva – Figura amplamente conhecida na área ambiental, a nova ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi vereadora de Rio Branco e deputada estadual pelo Acre, entre 1989 a 1995. Foi ministra do Meio Ambiente do Brasil (2003-2008). Foi senadora entre (1995-2011). Foi eleita deputada federal em outubro desse ano.

Margareth Menezes – Cantora e compositora, a nova ministra da Cultura assumirá o primeiro cargo político em 1º de janeiro de 2023. Maga, como também é conhecida, será a primeira mulher a assumir a pasta e a primeira mulher negra a ser indicada ministra de Estado.

Marco Edson Gonçalves Dias – O general da reserva ocupou cargos de chefia nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). O militar entrou no Exército aos 1969, e se envolveu em uma polêmica em 2012 quando afirmou que ninguém sofreria penalização após uma greve de policiais militares. Ele assume o Gabinete de Segurança Institucional.

Mauro Vieira – Ministro das Relações Exteriores, Vieira já foi chefe da mesma pasta durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016. Após a saída do cargo, em função do impeachment da ex-presidente, retornou à função de chanceler, representando o país na Organização das Nações Unidas (2016-2020). No governo de Jair Bolsonaro representou o Brasil em Zagreb, na Croácia.

Nísia Trindade – Presidente da Fundação Oswaldo Cruz desde 2017, Nísia Trindade será a nova ministra da Saúde. Tem vasta atuação na área da saúde e, fez frente à pandemia da Covid-19. Dentre várias iniciativas que ajudaram a combater a doença, Nísia foi responsável pela criação do Observatório COVID-19, rede que realiza pesquisas e sistematiza dados epidemiológicos.

Paulo Pimenta – Deputado Federal pelo PT pelos últimos cinco mandatos, foi responsável pela organização da campanha de Lula no Rio Grande do Sul. Também atuou como vereador por Santa Maria (RS) (1993-1998), deputado estadual pelo Rio Grande do Sul (1998-2000) e vice-prefeito de Santa Maria (2000-2002). No novo governo, será ministro da Secretaria de Comunicação.

Paulo Teixeira – Advogado com mestrado em Direito Constitucional, Teixeira cumpriu cinco mandatos consecutivos como deputado federal. Também atuou como vereador e deputado estadual em São Paulo. Teixeira assume o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Renan Filho – Senador eleito em outubro, Renan Filho é filho de Renan Calheiros. Sua trajetória política inclui a prefeitura de Murici, Alagoas (2005-2010), eleição a deputado federal por Alagoas entre 2011 a 2015. Também governou o estado de 2015 a abril de 2022.

Rui Costa – Ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa governou a Bahia desde 2014, atuou como vereador de Salvador (2005-2007), secretário de Relações Institucionais (2007-2010) e da Casa Civil da Bahia (2012-2014). O economista também foi deputado federal, entre 2011 e 2014.

Silvio Almeida – O novo ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, é um advogado, filósofo e professor universitário. Especialista em pautas raciais, Almeida é autor dos livros Racismo Estrutural, Sartre: Direito e Política e O Direito no Jovem Lukács: A Filosofia do Direito em História e Consciência. Doutor em filosofia, o novo ministro também preside o Instituto Luiz Gama.

Simone Tebet – A senadora do MDB nasceu em Três Lagoas (MS) e se mudou aos 16 anos para o Rio de Janeiro para cursar direito. Foi professora universitária de direito público e administrativo por 12 anos e diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul. Aos 31 anos, foi eleita deputada federal, cargo que exerceu por dois mandatos. Em 2010, elegeu-se vice-governadora na chapa de André Puccinelli (MDB) para governo do estado. Seguiu para o Senado, onde liderou a primeira bancada feminina. Em 2022, Tebet foi candidata à Presidência da chamada “terceira via” em 2022. Atrás de Bolsonaro e Lula, Tebet apoiou a campanha do petista no segundo turno, e pleiteou um lugar no novo governo. Ela assume o Ministério do Planejamento.

Sônia Guajajara – Ministra do recém-criado Ministério dos Povos Originários, Guajajara foi eleita a primeira deputada federal indígena por São Paulo, com mais de 156 mil votos. A indígena é coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil pela Amazônia (Apib) e foi candidata à vice-presidência em 2018, na chapa de Guilherme Boulos (PSol). A indígena brasileira está na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2022, elaborada pela revista Time. Filha de pais analfabetos, ela nasceu na comunidade Guajajara, no interior do Maranhão, e se graduou em letras e enfermagem.

Vinícius Carvalho – Escolhido por Lula para ser o controlador-geral da União, Carvalho é doutor em direito pela USP. Presidiu o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de 2012 a 2016. Foi filiado ao PT e, secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça no governo de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2012.

Waldez Goés – Técnico agrícola e formado em Políticas Públicas, Goés foi eleito deputado federal em 1990 e cumpriu dois mandatos pelo PDT. Em 2002, foi eleito governador do Amapá, e reeleito em 2006. Em 2014, foi eleito pela terceira vez para o governo estadual e foi reeleito para um quarto mandato em 2018. No ano seguinte, foi condenado a seis anos e nove meses de prisão, em regime semiaberto, pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por desviar valores de empréstimos consignados dos servidores estaduais. A ação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que acolheu um pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados. Ele assume Integração Nacional.

Wellington Dias – Governador do Piauí por quatro mandatos, o novo ministro do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome é filiado ao PT desde 1985. Dias foi vereador de Teresina (1993-1995), deputado federal (1999-2002) e estadual (1995-1999) pelo estado do Piauí, além de senador entre 2011 e 2015.

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