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“Sou o ex mais amado do Brasil”, diz Bolsonaro em congresso conservador nos EUA

Ex-presidente Jair Bolsonaro discursou em um congresso conservador dos EUA, que vai conta ainda com presença de Donald Trump

atualizado

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Reprodução/YouTube
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1 de 1 04_03_2023_17_00_29 - Foto: Reprodução/YouTube

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (4/3), em um evento conservador em Washington D.C., nos Estados Unidos, que é “o ex mais amado do Brasil”. No discurso, proferido em português, Bolsonaro disse apenas “ex”, mas o intérprete que fazia a tradução simultânea traduziu como “former president” (ex-presidente).

Bolsonaro discursou por cerca de 20 minutos no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento promovido por conservadores norte-americanos. A principal atração da conferência é o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que discursa às 18h (no horário de Brasília). Bolsonaro disse ter tido relacionamento “simplesmente excepcional” com o ex-líder estadunidense. Na fala, o brasileiro focou em suas duas campanhas à Presidência da República do Brasil.

“Quase ninguém acreditava que eu poderia ter sucesso. Fomos crescendo, a esquerda viu que eu era o alvo difícil de ser abatido e um esquerdista, filiado a um partido de esquerda, PSol, deu uma facada em mim em setembro de 2018”, iniciou Bolsonaro, relembrando o atentado sofrido na campanha de 2018. “Com toda certeza, eu sou o ex mais amado do Brasil. Mesmo no leito de morte e muita fé, ganhamos as eleições”, prosseguiu.

O ex-mandatário brasileiro disse, ainda, que sente que a “missão” na Presidência da República ainda não terminou e levantou dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro de 2022.

“Nesse momento, agradeço a Deus pela minha segunda vida. E também a Ele pela missão de ser presidente da República por um mandato. Mas eu sinto, lá no fundo, que essa missão ainda não acabou”.

Ao comentar o pleito em que saiu derrotado, Bolsonaro disse ter tido “muito mais apoio” em 2022 do que em 2018. “Não sei por que os números mostraram o contrário”, completou.

Ele ainda ressaltou ter sido o último presidente a reconhecer a vitória de Joe Biden sobre Trump em 2020: “Eu fui o último presidente a reconhecer as eleições de há dois anos aqui nos Estados Unidos”.

Na apresentação, ele ainda ressaltou marcas de sua gestão, associadas também aos republicanos dos EUA, como a ampliação do porte e da posse de armas de fogo. Ele ainda se colocou contrário ao que chamou de “sanha para regulamentar as mídias sociais”.

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Bolsonaro está nos EUA desde 30 de dezembro de 2022, antes mesmo de terminar seu mandato à frente do Palácio do Planalto. A Presidência autorizou, no fim de fevereiro, a permanência de dois seguranças que seguirão acompanhando o ex-presidente no país até 15 de março. Ou seja, pelo menos até essa data, Bolsonaro pretende ficar em terras norte-americanas.

A esposa de Bolsonaro, Michelle, e a filha do casal, Laura, já regressaram ao Brasil.

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