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Senador do PT recorre a PowerPoint para explicar “gabinete paralelo”

Rogério Carvalho usou a arte para ilustrar como, segundo ele, era composto o grupo de assessoramento paralelo do presidente

atualizado

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1 de 1 powerpoint2 - Foto: Reprodução

Na CPI da Covid, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) recorreu a um PowerPoint para explicar o que, segundo ele, é o organograma de funcionamento do chamado “gabinete paralelo“, formado por integrantes que supostamente prestavam assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. 

“Apresento aqui um organograma do tal do gabinete paralelo. Não estou dizendo que é isso, mas acho que estamos caminhando para isso”, disse o petista.

A arte levantou risadas e provocou reações irônicas de parte dos senadores, incluindo o presidente Omar Aziz (PSD-AM). Eles compararam o material de Carvalho com o famoso PowerPoint usado pela força-tarea da Lava Jato ao explicar as acusações contra Lula.

De imediato, o senador reagiu às brincadeiras dos colegas: “Sem esculhambação. Tem nada a ver de PowerPoint. Pera aí, sem esculhambação, presidente. A situação é séria”, disse.

Segundo o senador, o gabinete paralelo era formado por três núcleos: operacional, teórico e negacionista.

Teoria nefasta

O “núcleo negacionista”, de acordo com o parlamentar, seria defensor da tese de imunidade de rebanho. “Eles não são negacionistas, eles têm uma teoria nefasta, fúnebre de expor à própria sorte os brasileiros”, afirmou.

Carvalho colocou, como integrantes do “núcleo negacionista”, o empresário Carlos Wizard, o médico Luciano Azevedo, os deputados federais Ricardo Barros (PP-PR) e Osmar Terra (MDB-RS) e a imunologista Nise Yamaguchi, que presta depoimento à CPI da Covid nesta tarde.

Já o “núcleo operacional” seria formado por “funcionários públicos responsáveis por operacionalizar a teoria da imunidade de rebanho”, entre eles a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro e os ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo, além de Arthur Weintraub, assessor da Presidência.

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