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Roberto Dias pagou jantar em dinheiro, diz Dominguetti à CPI da Covid

Modalidade seria para evitar qualquer tipo de rastreio, uma vez que se pago com cartão seria possível identificar origem do dinheiro

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Luiz Dominguetti na CPI da Covid 9
1 de 1 Luiz Dominguetti na CPI da Covid 9 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

À CPI da Covid, o representante da empresa de vacinas Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominguetti Pereira afirmou que o jantar em que se ventilou a cobrança de propina sobre a compra de 400 milhões de doses de vacina foi pago por Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística em Saúde da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, em dinheiro.

A modalidade do pagamento seria para evitar qualquer tipo de rastreio, uma vez que se pago com cartão de crédito seria possível identificar o gasto. Segundo Dominguetti, foi Dias quem pagou a conta no restaurante Vasto, do Brasília Shopping. 

Ele deu detalhes aos senadores sobre a conversa que sucedeu a oferta de propina. “A conversa começou assim: ‘Olha, nós temos que melhorar esse valor'”, teria dito Dias.

“Aí, eu disse: ‘Mas eu tenho que tentar um desconto’. E eles disseram: ‘Mas é para cima, é para mais’. Se pediu um acréscimo de um dólar por dose e, de imediato, eu disse que não teria como fazer. Quando disse que não poderia fazer [a negociação], o clima da mesa mudou, se encerrou o jantar. E ele disse: ‘Pensa direitinho que amanhã eu vou te receber no ministério’. Voltei com a proposta inicial”.

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Dominguetti afirmou à jornalista Constança Rezende, do jornal Folha de S.Paulo que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, teria pedido a propina de US$ 1 por dose de vacina, no dia 25 de fevereiro. Dias foi exonerado nessa quarta-feira (30/6).

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