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Podemos filia general Santos Cruz, mais um ex-ministro de Bolsonaro

O general foi o terceiro ministro a deixar o governo, seis meses depois da posse

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
filiação do Santos Cruz aos Podemos
1 de 1 filiação do Santos Cruz aos Podemos - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

De olho em fortalecer a candidatura do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro à Presidência da República, o Podemos formalizou nesta quinta-feira (25/11) a filiação de mais um ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro: o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que ocupou a Secretaria de Governo entre janeiro e junho de 2019.

Santos Cruz foi o terceiro a deixar o governo, seis meses depois da posse. Ele pode ser um nome do partido tanto para a disputa da vaga no Senado, pelo Rio de Janeiro, quanto para uma vaga na Câmara.

Durante o evento de filiação, o senador Álvaro Dias (PR), um dos principais expoentes do partido, lembrou a atuação de Santos Cruz no comando da Força de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti (Minustha) e disse que ele deve vir para “uma nova missão de paz”.

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“Ele vem para outra missão de paz porque estamos vivendo momento de grande embate na política”, disse o senador. “Nós renegamos o ódio, nós rejeitamos o ódio, venha ele da esquerda ou da direita”, enfatizou.

Moro, por sua vez, ao discursar na recepção a Santos Cruz, exaltou a carreira militar e a coragem ao deixar o governo de Bolsonaro.

” Compôs o atual governo, tendo a esperança de que o governo poderia dar certo e ele não teve nenhum receio de ser retirar do governo quando percebeu que na verdade o plano de governo não era construir um país melhor, mas simplesmente atender a objetivos pessoais do governante no poder. Isso demonstra desprendimento, demonstra caráter, isso demonstra credibilidade”, afirmou Moro, que também foi ministro de Bolsonaro, mas deixou o governo após acusar o presidente de interferir politicamente na Polícia Federal.

No discurso, após a filiação, Santos Cruz enfatizou a necessidade de não “criminalizar a política” e de restabelecer o “respeito na política brasileira”.

“O respeito tem que ser restaurado no Brasil”, defendeu. “A política não pode ser criminalizada. É a única forma que temos para mudar a realidade. As soluções devem acontecer dentro da política”, continuou o general. “Não podemos descer a uma campanha baseada em fanatismo e em fake news”.

“A política não pode ser criminalizada. É a única forma de mudar a realidade, de mudar aquilo que se acha problemático na sociedade. É a única maneira de melhorar a vida dos brasileiros. Existem muitos políticos de boa qualidade, não se pode criminalizar a política”, enfatizou o general.

Santos Cruz ainda teceu comentários que soaram como críticas diretas ao atual presidente, Jair Bolsonaro, e apontou como nociva a busca de uma personalidade que se apresenta como “salvador da pátria”.

“O Brasil não pode continuar acreditando e procurando um salvador da pátria. Tem que ser uma busca de soluções através de um projeto de Brasil, e não um salvador da pátria”, disse o general

Ao lançar Moro, a estratégia do partido é oferecer um nome competitivo à terceira via, com chances de derrotar a polarização hoje dada pelas pesquisas eleitorais entre o presidente Jair Bolsonaro, que deverá se filiar ao PL, e o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

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