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PF abre investigação sobre negócios de Guedes com fundos de pensão

Futuro ministro da Economia é suspeito de crime de gestão fraudulenta ao captar recursos de sete entidades de previdência complementar

atualizado

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WILTON JUNIOR/ESTADAO CONTEUDO
economista Paulo Guedes bolsonaro
1 de 1 economista Paulo Guedes bolsonaro - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADAO CONTEUDO

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia escolhido pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. A investigação apura supostas fraudes em negócios com fundos de pensão patrocinados por estatais. O inquérito decorre de pedido feito em outubro pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, que também abriu procedimento preliminar a respeito, com base em irregularidades apontadas pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A PF vai apurar se Guedes cometeu os crimes de gestão fraudulenta ou temerária ao captar, por meio de um fundo de investimentos, recursos de sete entidades de previdência complementar de empregados de empresas públicas. Também será averiguada a hipótese de emissão e negociação de títulos sem lastros ou garantias suficientes.

Em nota, a defesa de Guedes disse que “reafirma a lisura de todas as operações do fundo que, diga-se de passagem, deu lucro aos cotistas, incluindo os fundos de pensão”. “Espera também que a investigação – agora corretamente conduzida no âmbito da Polícia Federal – apure as incoerências do relatório irregular produzido na Previc”, afirmou nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.

Além do futuro ministro de Jair Bolsonaro, são alvo da apuração os administradores das entidades de previdência complementar. Em seis anos, Guedes captou R$ 1 bilhão de fundos de pensão geridos por apadrinhados do PT e do PMDB. Entre eles, estão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios), além do BNDESPar – braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A PF já requisitou relatórios da Previc que embasam as suspeitas. O inquérito foi remetido à Justiça Federal em Brasília, com pedido para que tramite em sigilo.

O caso ficará sob responsabilidade da chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Superintendência da PF em Brasília, delegada Dominique de Castro Oliveira, tida pelos pares como rigorosa tecnicamente. Na Procuradoria, a investigação é conduzida pelo procurador Alselmo Henrique Cordeiro Lopes, do grupo que dirige inquéritos e já denunciou vários executivos e agentes públicos por desvios em fundos de pensão e na Caixa Econômica Federal.

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