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Pesquisa nacional mostra que bases do MDB rejeitam aliança com Alckmin

Segundo o deputado Leonardo Picciani (MDB), o tucano “não lidera nem em seu estado de origem” e que “o plano A é ter candidatura própria”

atualizado

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Rafael Arbex/Estadão
COLETIVA_ALCKMIN
1 de 1 COLETIVA_ALCKMIN - Foto: Rafael Arbex/Estadão

Os diretórios estaduais do MDB não querem uma aliança com Geraldo Alckmin e o PSDB. Essa é a conclusão de um levantamento concluído pelo Palácio do Planalto nesta semana e obtido com exclusividade pelo jornal O Globo.

O partido decidiu colher a opinião das “bases”. Conforme o documento, 20 dos 27 diretórios estaduais rejeitam uma aproximação com os tucanos. Se a convenção fosse hoje, um eventual apoio emedebista à candidatura de Alckmin seria rejeitado por 508 votos dos 629 delegados.

Ainda de acordo com a reportagem, Michel Temer foi procurado por diferentes lideranças do PSDB para tratar das eleições de outubro. As conversas alimentaram especulações sobre o presidente estar disposto a negociar com os tucanos a inclusão do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles na vaga de vice de Alckmin, possibilidade refutada pelo próprio pré-candidato.

Nessa quinta-feira (10/5), em reunião com o partido, Temer apontou duas chances de candidatura: ele próprio e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. A rejeição dos integrantes do MDB à reeleição e o avanço das investigações da Polícia Federal sobre o círculo familiar do presidente teoricamente determina a decisão. Com Temer fora da urna, restaria a Meirelles o papel de defensor do governo, não como vice dos tucanos, mas presidenciável.

De todos os diretórios, Pernambuco aparece como indeciso na escolha pela aliança, enquanto o Ceará, liderado pelo presidente do Congresso, Eunício de Oliveira, provavelmente apoiaria o PDT, com Ciro Gomes.

“Alckmin não empolga”, diz Picciani
No Rio de Janeiro, por exemplo, as lideranças do MDB dizem ser Meirelles o “plano A” como candidato. “Acho muito improvável uma aliança com o PSDB. O Alckmin não empolga. Não lidera nem em seu estado de origem. Neste momento, trabalhamos com a possibilidade de ter candidatura própria”, opina o deputado Leonardo Picciani.

Em São Paulo, o presidente do diretório regional e líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi, declarou ser preciso buscar apoio em outras legendas, “mas sem abrir mão de uma candidatura própria. Hoje, colocamos a de Meirelles”.

No estado do ex-ministro, Goiás, o MDB também vai concorrer ao governo goiano. É o caso do deputado Daniel Vilela. Para ele, Meirelles é uma aposta entre os goianos e não há hipótese de uma coligação local com o PSDB: “A candidatura dele seria a melhor opção, inclusive no sentido de reforçar a nossa. O maior adversário é o PSDB, não temos a menor condição de apoiá-lo”.

Entretanto, uma parte do diretório a MDB rejeita Meirelles, defendendo o não compromisso com qualquer candidato. Preocupado em eleger uma ampla bancada parlamentar, esses líderes emedebistas desejam ter liberdade para se coligar com qualquer partido.

Marcelo Castro, à frente do diretório do Piauí, explica: “Aqui nós temos uma aliança com o governador Wellington Dias, do PT. Nosso adversário é do PSDB. Politicamente, fica atravessado (um possível apoio a Alckmin). O ideal seria a liberação, mas isso pode não ser de interesse do MDB nacional”.

No Paraná, o partido é liderado pelo senador Roberto Requião, ferrenho opositor de Temer e aliado do ex-presidente Lula. Por esse motivo, no estado, o MDB não vê com bons olhos a aliança com tucanos nem a candidatura própria.

O Espírito Santo é um dos poucos estados onde a aliança com o PSDB pode ser de fato incentivada. Segundo o deputado Lelo Coimbra (MDB-ES), os tucanos são aliados históricos no estado. Paulo Hartung, governador do MDB, não descarta a possibilidade de um apoio: “Aqui no Espírito Santo temos uma parceria muito boa. Então, podemos tanto apoiar Alckmin como o Meirelles, caso haja candidatura própria”.

 

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