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“Pergunta para o vírus”, diz Bolsonaro sobre prorrogação do auxílio

Auxílio emergencial é pago a trabalhadores informais afetados pela pandemia. Última parcela no valor de R$ 300 será paga em dezembro

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Jair Bolsonaro com apoiadores
1 de 1 Jair Bolsonaro com apoiadores - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após ser questionado por um apoiador, nesta terça-feira (24/11), sobre a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse para o simpatizante “perguntar para o vírus”, em referência à pandemia do novo coronavírus.

“Pergunta para o vírus. A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Mas esperamos que não seja necessário. Eu espero que não seja necessário, porque é sinal que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil, né? Espero”, disse o presidente no Palácio da Alvorada.

O governo começou a fazer os pagamentos do auxílio emergencial em maio. Inicialmente, iriam até julho. Com o avanço da pandemia, foram prorrogados uma primeira vez até setembro e, uma segunda vez, até dezembro. No início, o valor era R$ 600, mas passou para R$ 300 nas três últimas parcelas.

“Se não fosse toda essa quantidade de auxílio que nós fizemos, realmente a economia tinha quebrado no Brasil. Então, a gente espera que não seja necessário e que o vírus esteja realmente de partida do Brasil”, prosseguiu.

“Não existe prorrogação”, diz Guedes

Nessa segunda (23/11), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo federal não pretende prorrogar o auxílio emergencial após a última parcela, em dezembro.

Guedes argumentou que, caso o benefício fosse de R$ 200, poderia ter duração de até um ano. O valor citado pelo ministro corresponde ao montante inicialmente proposto pela equipe econômica.

“A ideia é que o auxílio emergencial se extingue no final do ano. A economia está voltando forte, a doença está descendo. Eu não estou dizendo duas ou três semanas. Eu estou dizendo, de 1,3 mil, 1,4 mil mortes diárias, a coisa caiu para 300, 250. Agora, parece que voltou para 350. É uma tragédia de dimensões imensas, é terrível essa epidemia que abateu sobre o Brasil […]. Contra evidência empírica, não há muito argumento. Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força”, declarou.

Guedes disse ainda que existe uma “pressão política” para que o benefício seja prorrogado, mas ressaltou que as ações do Executivo federal serão baseadas em evidências e o governo saberá como reagir em eventual situação de emergência, o que, segundo ele, não está nos planos no momento.

“Do ponto de vista do governo não existe a prorrogação do auxílio emergencial. Evidente que há muita pressão política para isso acontecer. É evidente que tem muita gente falando em segunda onda etc. E nós estamos preparados para reagir a qualquer evidência empírica”, assegurou Guedes.

“Se houver uma evidência empírica, o Brasil tiver de novo mil mortes, tiver uma segunda onda efetivamente, nós já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionaram melhor”, afirmou o ministro.

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