Nove ministros serão exonerados nesta quinta-feira (31/3) para disputar algum cargo político nas eleições de outubro deste ano. A saída deles será formalizada em uma cerimônia no Palácio do Planalto, prevista para as 10h.
Por determinação legal, autoridades do Executivo devem deixar os respectivos cargos até seis meses antes do pleito. A data-limite é o próximo sábado (2/4).
Na maioria das pastas, assumirão interinamente os secretários-executivos. Segundo o ministro da Cidadania, João Roma (PL), durante filiação ao Partido Liberal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu substitutos técnicos e que já estavam nos ministérios, em uma “solução caseira” para o resto do ano.
Os ministros que deixam o governo nesta quinta-feira (31/3) são:
- Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura – disputará o governo de São Paulo, como candidato pelo Republicanos;
- Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência – disputará o governo do Rio Grande do Sul, como candidato pelo Partido Liberal;
- João Roma, ministro da Cidadania – disputará o governo da Bahia, como candidato pelo Partido Liberal;
- Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos – disputará uma vaga ao Senado Federal pelo estado do Amapá, pelo estado de Sergipe ou pelo Distrito Federal, como candidata pelo Republicanos;
- Gilson Machado, ministro do Turismo – disputará uma vaga ao Senado Federal pelo estado de Pernambuco, como candidato pelo Partido Liberal;
- Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional – disputará uma vaga ao Senado Federal pelo Rio Grande do Norte, como candidato pelo Partido Liberal;
- Tereza Cristina, ministra da Agricultura – disputará uma vaga ao Senado Federal pelo estado do Mato Grosso do Sul, como candidata pelo Progressistas;
- Flávia Arruda, ministra-chefe da Secretaria de Governo – disputará uma vaga ao Senado Federal pelo Distrito Federal, como candidata pelo Partido Liberal; e
- Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia – disputará uma vaga na Câmara dos Deputados, por São Paulo, como candidato pelo Partido Liberal.
Veja a publicação no DOU desta quinta:
2022_03_31_ASSINADO_do2-páginas-1-2 by Marc Arnoldi on Scribd
O nome de Walter Braga Netto, ministro da Defesa, não apareceu – ficará a cargo do presidente Jair Bolsonaro para ser vice na chapa à reeleição. O general está filiado ao Partido Liberal.
Como são deputados federais licenciados, quatro ministros reassumem seus respectivos postos na Câmara dos Deputados: Onyx Lorenzoni, João Roma, Tereza Cristina e Flávia Arruda. As exonerações foram publicadas na edição desta quinta-feira (31/3) do Diário Oficial da União (DOU).

Tarcísio FreitasAlberto Ruy/MInfra

Ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (União Brasil), vai disputar o governo do Rio Grande do Sul. Ele comandou vários ministérios na atual gestãoRafaela Felicciano/Metrópoles

A nomeação de João Roma (Republicanos-BA) para o Ministério da Cidadania, em fevereiro de 2021, simbolizou o início do "noivado" de Bolsonaro com o CentrãoMarcos Corrêa/PR

Ministra Damares Alves em entrevista ao MetrópolesRafaela Feliciano/Metrópoles

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo Igo Estrela/Metrópoles

Marinho considerou que discussão sobre orçamento secreto é "leite derramado"Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Tereza CristinaRafaela Felicciano/Metrópoles

Ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL), pretende disputar a vaga ao Senado pelo Distrito Federal. A proximidade com Bolsonaro não é seu único ativo, pois ela é casada com o ex-governador José Roberto Arruda, ainda hoje bastante popular na capital federalIgo Estrela/Metrópoles

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PSL), vai anunciar a saída do governo para se candidatar ao senado por São Paulo (SP)Igo Estrela/Metrópoles