metropoles.com

“País não aguenta mais ser rotulado de vilão ambiental”, diz Mourão

O vice-presidente participou da abertura do 2º Simpósio Amazônia 2021, do Instituto Sagres

atualizado

Compartilhar notícia

Bruno Batista/ VPR
Mourão com índios
1 de 1 Mourão com índios - Foto: Bruno Batista/ VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), em sua participação na abertura do 2º Simpósio Amazônia 2021, do Instituto Sagres, disse que o Brasil está cansado de ser  rotulado de vilão ambiental.

“O país não aguenta mais ser enxovalhado e rotulado de vilão ambiental, por conta de erros cometidos no passado, na ocupação da Amazônia”, apontou o general, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal (Cnal).

Para Mourão, o país sofre ataques “habilmente orquestrados por grupos políticos e econômicos”, a quem convém manter o país “apossado na defensiva”. Esses grupos, segundo ele, tentam justificar as ações na região, como se fossemos “maus inquilinos da propriedade alheia”.

O vice-presidente destacou que, desde a colonização do país, o Brasil teve a ocupação realizada de forma “lenta, gradual e segura”. O que falhou, para ele, foi o país ter “abandonado” o projeto sustentável da época do golpe de 1964.

“Era um projeto de Estado, que originalmente previa a ocupação ordenada, gerando um ‘arco de humanização’ que protegeria a floresta, com um desflorestamento controlado, utilização racional do solo e subsolo, bem como biodiversidade. Se ao longo dos governos subsequentes, esse governo tivesse sido encarado como de estado, teríamos resultados sustentáveis”, justificou.

Ações efetivas

O presidente do Cnal saiu em defesa das pessoas que “cortam árvores e utilizam o fogo na região Amazônica”. Segundo ele, não são criminosos, mas o fazem porque “precisam ganhar a vida de alguma forma”.

“O caminho para isso não é o da mera repressão das atividades ilegais, nem o da sua preservação como um gigantesco combo de jardim botânico e zoológico, como muitos parecem pensar ingenuamente”, disse Mourão sobre a preservação na região amazônica.

O vice-presidente acredita que, para que uma “agenda racional” seja posta em prática, é necessário um pré-requisito fundamental: “Deixar de lado os mitos e a histeria sobre a região e suas perspectivas de desenvolvimento. A proposta é ambiciosa e exige fôlego, vontade política e união e esforço conjugado do governo federal, governo estaduais e sociedade civil organizada”.

Alta do desmatamento

Os oito estados que compõem a Amazônia Legal – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão – registraram uma alta no desmatamento em comparação com o mês de abril de 2020. Os dados são apurados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Com 581km² desmatados até o dia 29 de abril, o índice resulta na maior área devastada em abril, desde 2016. Isso significa um aumento de 43% em relação ao mesmo mês em 2020. Os índices são catalogados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Segundo o Inpe, até o mês de março de 2021 também houve muitos registros, com uma quantidade significativa de alertas: 367,61 km² desmatados até o respectivo mês.

Os números de abril coincidem com o fim da Operação Verde Brasil 2, que teve fim no dia 30 de abril, fazendo com que as Forças Armadas que vinham combatendo o avanço do desmatamento, focos de incêndio e garimpo ilegal na Amazônia. Ela foi deflagrada em maio de 2020, pela Garantida da Lei e da Ordem (GLO).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?