Pacheco considerou indiciamento de Heinze pela CPI “um excesso”

Presidente do Senado negou, porém, que iria interferir na decisão do senador Renan Calheiros em incluir o senador entre os indiciados

atualizado 26/10/2021 15:37

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) cercado por senadores da CAE no plenário Igo Estrela/Metrópoles

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “um excesso” a decisão do relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), em incluir o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) entre os indiciados da comissão.

O anúncio da inclusão do parlamentar gaúcho ocorreu durante sessão desta terça-feira (26/10) destinada a votar o relatório final dos trabalhos do grupo.

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Em nota, Pacheco afirmou que não vai interferir, entretanto, na decisão da CPI pelo indiciamento ou não de Heinze.

“Nunca interferi e não interferirei nos trabalhos da CPI. Mas, pelo que percebo, considero o indiciamento do Senador Heinze um excesso. Mas a decisão é da CPI”, defendeu o senador mineiro.

“Presente”

Mais cedo, o relator da CPI anunciou a inclusão de Heinze entre os indiciados, sob alegação de disseminação de notícias falsas. A inclusão atendia a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Vieira afirmou que devem ser imputados a Heinze os mesmos tipos penais atribuídos a outros parlamentares federais, que “da mesma forma, reiteradamente, dissemina notícias falsa que impactam na vida”. ”

“O que o senador Heinze fala repercute na vida das pessoas. Todos já apresentaram volume imenso de informação que esses dados trazidos por ele são falsos. Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da República, do líder do governo, então, não pode fechar os olhos para um colega”, defendeu o senador.

Calheiros acatou o pedido de Vieira, alegando que daria um “presente” a Heinze. “Vossa excelência acaba de se tornar o 81º indiciado”, enfatizou.

Vieira é autor de representação contra Heinze no Conselho de Ética do Senado Federal pelos mesmos motivos que o levaram a pedir o indiciamento do parlamentar.

“Considerando o contexto que a gente vem vivendo na CPI, com reiteradas tentativas de desinformação, repetição, apesar dos alertas, de documentos e dados que não correspondem à verdade, informo que estou apresentando uma representação no Conselho de Ética em face do colega Heinze”, declarou Vieira na ocasião em que anunciou que entraria com a representação contra o senador gaúcho.

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