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“O Brasil precisa de quimioterapia”, diz Bolsonaro no Parlamento

O presidente participou de solenidade no Congresso, na qual o Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro (CopEsp) foi homenageado

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Bolsonaro na Câmara
1 de 1 Bolsonaro na Câmara - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta segunda-feira (15/07/2019), que o Brasil precisa de uma “quimioterapia” para acabar com o que ele chama costumeiramente de “velhas práticas” e que tem discutido a questão com o Parlamento no Congresso Nacional.

“Temos um problema pela frente e que estamos resolvendo com parlamentares. O Brasil precisa de uma quimioterapia, e estamos fazendo juntos. Alguns poucos ainda reagem, mas serão convencidos pelo povo e pela maioria nessa casa – deputado e senadores – que nós juntos poderemos mudar o destino do Brasil”, afirmou o presidente, em sessão solene no plenário da Câmara.

Na ocasião, Bolsonaro disse que conhece de perto o funcionamento da Casa e pediu para participar de sessões “de alta temperatura”, para fazer uso da palavra e ajudar no andamento de questões importantes ao país.

“Conheço com profundidade a Casa, saí dela mas ela continua em mim. Gostaria nesses momentos, onde a temperatura está mais alta, estar presente para usar o microfone e dar minha opinião”, pediu, ao Parlamento.

Apesar do requerimento, Bolsonaro assumiu que, por ser presidente da República, é preciso se abster da fala em algumas ocasiões. “Pela função que ocupo tenho que me calar muitas vezes. Tem até uma passagem bíblica que fala isso”, comentou.

Durante discurso em sessão solene dedicada ao Exército brasileiro, que comemorou o aniversário do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro (CopEsp), Bolsonaro disse que a Câmara foi seu “teatro de operações” durante os 28 anos em que foi deputado. Ele lembrou das conquistas que teve, e também das desavenças que fez, como os 30 processos de cassação contra seu mandato. “Nenhum por corrupção”, enfatizou.

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Ao falar das forças armadas, o chefe do Executivo comentou que a “destruição da reputação” é o preço que se paga por lutar por um Brasil melhor. “Mesmo com sacrifício da vida e destruição da reputação, é o preço que pagamos para que o Brasil tenha um povo que possa seguir com o seu destino”, afirmou.

No fim do discurso, ao citar o advogado-Geral da União, André Luiz Mendonça, Bolsonaro disse que ele era o ministro “terrivelmente evangélico” do seu governo. Recentemente, também em solenidade no Congresso, Bolsonaro afirmou, ao lado da bancada evangélica, que pretende indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF). “Assim como nós somos terrivelmente patriotas”, completou, encerrando a fala no plenário.

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