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Na CPI, Campêlo volta a dizer que “sociedade optou pela contaminação”

Ele foi rebatido pelo senador Alessandro Vieira: “A única medida não farmacológica que funcionou no Amazonas foi cadeia mesmo”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Marcellus Campelo
1 de 1 Marcellus Campelo - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo reafirmou, nesta terça-feira (15/6), sua fala de janeiro deste ano, de que a “sociedade optou pela contaminação” ao protestar contra medidas restritivas para conter o avanço da pandemia no estado.

Em depoimento à CPI da Covid, Campêlo foi questionado pelo senador Alessandro Vieira (sem partido-SE) sobre de quem teria partido a decisão de revogar o decreto que previa lockdown parcial no estado. Ele afirmou ao parlamentar que tratou-se de decisão do governador Wilson Lima, por pressão popular.

Segundo o engenheiro, as aglomerações e manifestações que ocorreram contra o decreto de restrição do governador do estado atestam que, segundo ele, “a sociedade optou pela contaminação”.

Vieira provocou o ex-secretário, que é engenheiro civil, sobre quem foi responsável por elaborar o plano de enfrentamento da Covid-19 no estado.

“Houve vários planos de enfrentamento, tivemos secretários no início que eram da área e que estavam trabalhando, os técnicos da rede traçaram os planos. Os planos foram seguidos até o momento que nos deparamos com um crescimento descontrolado de contaminação e de necessidade de internação”, disse.

Campêlo defendeu que as medidas adotadas pelo estado seguiam padrões nacionais de combate à pandemia.

“O plano previa adoção de medidas não farmacológicas, restrição de circulação para evitar a contaminação. Única medida que tínhamos disponível era controlar a disseminação. Os planos de enfrentamento, como falei, eram baseados em modelos aplicados pelo plano de enfrentamento nacional e dos estados, segue os mesmos parâmetros”.

O ex-secretário, então, foi rebatido pelo senador: “O crescimento acontece porque o plano não funciona. A contaminação aumenta quando poder público não tem competência para evitar que isso aconteça. A única medida não farmacológica que funcionou no Amazonas foi cadeia mesmo”.

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A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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