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Mourão diz que “oposição radical” apresenta Bolsonaro como Átila, o Huno

Vice-presidente afirmou que opositores incondicionais do chefe do Executivo vendem imagem equivocada do presidente ao mundo

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
O vice-presidente Hamilton Mourão
1 de 1 O vice-presidente Hamilton Mourão - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, durante fórum da Federação das Câmaras de Comércio Exterior nesta quinta-feira (27/8), que três grupos de interesse vêm pressionando o Brasil no que diz respeito à preservação da Amazônia. Segundo o vice, um deles é o que chamou de “oposição radical” a Bolsonaro, que busca apresentá-lo ao mundo como o “ressurgimento de Átila, o Huno”.

Não é a primeira vez que Mourão faz a comparação. Em 2019, quando o presidente foi a Davos para o Fórum Econômico Mundial, o general afirmou que o chefe o Executivo mostraria que “não é o Átila, o Huno, é mais um brasileiro que nem nós”.

Conhecido como Flagelo de Deus, Átila foi um importante conquistador do século 5. Ele era o rei dos hunos, um povo nômade de origem mongólica. Ele liderou seu povo ao lado do irmão mais velho, até assassiná-lo, quando se tornou o único chefe. Nos anos que se seguiram, liderou ofensivas na Europa e fez frente ao Império Romano.

Além do primeiro grupo, que, segundo Mourão, vende uma imagem equivocada, autoritária e violenta de Bolsonaro, agricultores europeus também têm interesses na ampliação da floresta tropical por motivos econômicos.

“O segundo grupo são os agricultores europeus que não têm mais condições de competir com a gente. O Brasil, em termos de produção alimentar, é uma China, uma onda avassaladora a nossa capacidade. É o nosso hard power. O Brasil é isso aí. Da mesma forma como nós nos submetemos em vários setores do comércio, da indústria aos outros países, esses países têm que se submeter a nós na questão alimentar”, opinou.

Completa a tríade opositora os ambientalistas que, segundo Mourão, são sinceros, mas radicais. “Acreditam piamente que a Amazônia está sendo destruída e como consequência isso terá uma influência no clima mundial. Não, nós temos que saber trabalhar e nos contrapor a esses grupos com argumento”, finalizou Mourão.

Não foi a primeira vez que Bolsonaro foi comparado a lideranças históricas da antiguidade. A revista especializada em economia e finanças The Economist chamou o presidente brasileiro de “Bolsonero”, dizendo que ele brincava com a condução da pandemia no Brasil. Nero governou o Império Romano do ano 54 a 68 e lhe é atribuído um incêndio que consumiu Roma no ano de 64.

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