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Mourão diz há “sensacionalismo” do MP quanto ao caso Flávio Bolsonaro

Vice-presidente ainda tentou distanciar o caso do Palácio do Planalto e afirmou que o presidente da República nada tem “a ver com o assunto”

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Sessão do Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição  Brasília(DF), 06/11/2018
1 de 1 Sessão do Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição Brasília(DF), 06/11/2018 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O vice-presidente da República, Antonio Hamilton Mourão (PRB), disparou contra o a Ministério Público do Rio de Janeiro e criticou a investigação do órgão que envolve o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Segundo o vice-presidente da República falta “foco” ao MP. Ele ainda disse que existe “sensacionalismo” e “direcionamento” na investigação envolvendo o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-assessor e ex-motorista Fabrício Queiroz. As informações são do Jornal O Globo. 

“São várias pessoas investigadas nessa operação, na Furna da Onça. As quantias que estavam ligadas ao Flávio eram as menores. As maiores, se não me engano, eram ligadas a um deputado do Partido dos Trabalhadores (PT). E ninguém está falando nisso”, disse Mourão. “Eu acho que está havendo algum sensacionalismo e direcionamento nesse troço. Por causa do sobrenome. Não pela imprensa, que revela o que chega às mãos dela. O Ministério Público tem de ter mais foco nessa investigação”, afirmou o vice-presidente, ao jornal.

Durante a entrevista, Mourão ainda tentou distanciar o caso do Palácio do Planalto. “Esta é uma questão do Flávio Bolsonaro, não tem nada a ver com o governo federal. Esse assunto pertence ao Flávio e aos assessores dele. Vamos aguardar os esclarecimentos que tiverem de ocorrer por parte dele mesmo e da própria investigação que está em curso”, completou.

Um novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) feito a pedido do MPRJ, fortalece as suspeitas de que servidores devolviam parte de seus salários a parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O documento indica que, em um mês, foram quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do deputado estadual e senador eleito pelo Rio de Janeiro.

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