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Maia enaltece papel da Câmara e do Centrão na aprovação da reforma

Em discurso ouvido por plenário lotado e em silêncio, presidente da Câmara capitaliza processo que desembocou em avanço da Previdência

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Rodrigo Maia-Previdência-discurso-1º turno
1 de 1 Rodrigo Maia-Previdência-discurso-1º turno - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Com o plenário incomumente em silêncio, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discursou sobre a importância de ter a reforma da Previdência aprovada. Ele discursou na tribuna antes de dar o resultado final da votação em primeiro turno na Casa do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (6/2019), na qual o governo saiu vitorioso.

“Esse é um momento histórico para todos nós, para os que defendem a reforma, pra os que não defendem a reforma, que é um direito legítimo. Vejo os discursos dos que são contra, e me pergunto: ‘Será que de fato estou certo?’ A cada discurso que ouço, tenho cada vez mais convicção de que reformar o Estado brasileiro é a posição correta”, disse Maia.

Após tantos embates com o Executivo, o deputado ressaltou a importância de fortalecer a imagem e os trabalhos da Câmara e do Congresso Nacional. “Nós não podemos perder a oportunidade, sem nenhum interesse em tirar nenhuma prerrogativa do presidente. Durante 30 anos diminuíram a importância desta Casa, e nosso papel é recuperar a força da Câmara e do Congresso Nacional”, desabafou.

Maia ressaltou ainda o papel do Centrão na aprovação da PEC. “O Centrão é essa coisa que ninguém sabe o que é, mas é do mal. Mas esse Centrão que está fazendo a reforma da Previdência”, afirmou. O presidente da Casa disse ainda que são os parlamentares que vão resolver o problema do Brasil, como a pobreza.

“Aqui está a síntese da sociedade brasileira. Quem quer conhecer o Brasil, venha à Câmara dos Deputados. É aqui que vamos resolver os problemas do Brasil, a pobreza. As soluções passam pela política. Não haverá investimento privado, se não tivermos democracia forte”, declarou.

E acrescentou: “Investidores não investem em país que ataca as instituições. O Congresso e o Supremo têm sido atacados de maneira exagerada. Quando fui atacado, saí do meu objetivo, que foi trazer a votação até hoje.”

O presidente, que foi homenageado e chegou a se emocionar com o discurso do líder do PSL na Câmara, delegado Waldir (GO), disse que o sistema previdenciário brasileiro é “deficitário” e coloca o país em uma “realidade muito dura”.

“Todos nós falamos muito de combater privilégios. Nosso sistema previdenciário e de assistência comete um dos maiores erros. Como o nosso sistema é deficitário, coloca o Brasil numa realidade muito dura”, acrescentou.

O presidente da Casa fez questão de falar sobre a vontade dos parlamentes, que são a favor ou contra a reforma, de reduzir a desigualdade social brasileira: “Para cada um idoso abaixo da linha da pobreza, temos cinco crianças. Essas reformas vêm no intuito de reduzir desigualdades. E esse é o intuito de todos os deputados aqui presentes, que votaram a favor e contra.”

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