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Maia diz que próximos seis meses serão decisivos para Bolsonaro em 2022

Presidente da Câmara avalia que reformas econômicas são desgastantes, mas necessárias ao país. E podem beneficiar chefe do Executivo

atualizado

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Hugo Barreto/Metropoles
Bolsonaro e Maia
1 de 1 Bolsonaro e Maia - Foto: Hugo Barreto/Metropoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira (6/11) que os próximos seis meses serão decisivos para o governo Jair Bolsonaro (sem partido) e, consequentemente, para a reeleição do presidente em 2022. O parlamentar, contudo, defendeu que partidos de centro encontrem um caminho para a disputa.

“Os próximos seis meses do governo Bolsonaro serão decisivos para seu fortalecimento ou seu enfraquecimento. Somado a isso, o exemplo dos Estados Unidos, de como esses movimentos mais radicais trabalham o processo eleitoral”, avaliou Maia, durante o evento MacroVision 2020, do Banco Itaú.

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O parlamentar, todavia, ponderou que é necessário enfrentar pautas polêmicas, como as reformas. Elas, apesar de desgastantes, poderão beneficiar Bolsonaro na disputa à reeleição. “Se não organizar da forma que é mais polêmica e mais desgastante, vai abrir o cenário político para outras correntes construírem candidaturas para 2022.”

“A minha opinião é que o centro precisa procurar um caminho porque, de fato, tem convergência com a parte liberal da economia do governo Bolsonaro e divergência com a outra parte”, afirmou.

“Como não sou governo, do ponto de vista político, talvez fosse positivo não enfrentar [as reformas e outras pautas polêmicas] olhando para 2022. Mas o Brasil paga essa conta antes de chegar em 2022. Não será esse o caminho que vou defender”, acrescentou.

Dúvidas

O presidente da Câmara disse também que ainda tem dúvidas sobre “a posição do governo, [mas] não da equipe econômica” , sobre as reformas.

“Não sei se teremos céu de brigadeiro ou com muita turbulência. Hoje, eu acho que teremos mais turbulência porque o governo não é só a equipe econômica e não sabemos qual vai ser a posição do governo em questões muito difíceis e polêmicas que estão incluídas na PEC Emergencial e outras que precisam ser incluídas no relatório do senador Márcio Bittar”, declarou.

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